Pode? Não poderia. Mas pode. Folheto distribuído pelo Centro Cultural Amazonino Mendes (Bumbódromo) entrega a gregos e troianos este texto: “O Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secreataria de Estado de Cultura, considerando a política de popularização das ações culturais, a vocação parintinense para as artes, os municípios vizinhos do baixo Amazonas como: Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Maués e Nhamundá, os investimentos realizados na modernização e ampliação das estruturas do Centro Cultural Amazonino Mendes e a necessidade de manter a integridade desse patrimônio e resguardar os equipamentos e acessórios instalados, transforma esse centro em espaço multiuso, destinado primeiramente ao ensino das artes e à formação de técnicos para apoio as atividades artísticas e à capacitação tecnológica de jovens e adultoscom intensa atuação do Cetam e da Secretaria de Cultura”.
Ufa!
O texto tem 745 toques. E só um ponto. Testes sobre a legibilidade e a memória demonstram dois fatos. Um: o leitor retém integralmente períodos com a média de 150 toques. Com 200, guarda a primeira parte e perde a segunda. Com 250 ou mais, grande parte do enunciado se perde. Conclusão: o governo amazonense jogou dinheiro fora.
Sugestão de remendo
A Secretaria de Cultura do Amazonas transforma o Centro Cultural Amazonino Mendes em espaço multiuso. Trata-se de passo importante do governo do estado na direção da política de popularização das ações culturais. Com ele, cria-se espaço para o ensino das artes e a formação de técnicos aptos a apoiar as atividades artísticas e a capacitação tecnológica de jovens e adultos.
Justificam-se, assim, os investimentos na modernização e ampliação das estruturas do centro. Graças a eles, mantém-se a integridade do patrimônio e resguardam-se os equipamentos instalados. Não só. Premia-se a vocação parintinense para as artes e a atenção dispensada às necessidades de expressão dos municípios vizinhos do baixo Amazonas. Entre eles, Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Maués e Nhamundá.
Será isso? Talvez. A nebulosidade do texto impede a visão clara do enunciado.
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