Emílio Odebrecht fala manso. E sorri. Sorri muito. Como prova de quem não nasceu ontem, escolhe as palavras. Em vez de pronunciar vocábulo chocante, que causa repulsa, recorre a eufemismos. Adoça o termo. Um exemplo: substitui propina por ajuda. Parece avô falando com o neto, não?
O delator criou um eufemismo. Há outros. Vários outros. Um deles: morte. Muitos sentem medo de pronunciar a dissílaba. O que fazem? Trocam seis por meia dúzia. Manuel Bandeira chamou-a de “a indesejada das gentes”. Outros dizem falecer, viajar, passar desta pra melhor, vestir paletó de madeira, bater as botas.
Diabo não fica atrás. A língua oferece mil artimanhas para fugir do chifrudo: demo, bicho, anjo rebelde, anhangá, beiçudo, canhoto, cão, coxo, coisa ruim. Vade retro, satanás!
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
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