Eta! No trabalho, na escola ou em casa só se fala na lei seca. Motoristas se lamuriam. Sentem-se tolhidos na liberdade de tomar um chopinho à tarde, um vinho no jantar, um uisquinho com amigos. Empresários reforçam o coro carpideiro. Choram a redução da clientela, os estoques imobilizados, a queda no faturamento.
Criaturas tão zelosas dos direitos se esquecem de pormenor pra lá de importante. Ninguém está proibido de beber. Encharcar-se até cair é problema de cada um. Mas, se bebeu, não pode tocar no volante. Donos de bares e restaurantes não têm do que reclamar. Os clientes poderão continuar a farra etílica sem constrangimentos.
Taxistas brasilienses criaram serviço especial. Chama-se Telebebum. Profissionais de plantão conduzirão os amantes do copo pra casa. Antes de divulgar a novidade, porém, eles enfrentaram um problema lingüístico. Como escrever telebebum — junto, separado, com hífen? A dúvida atrasou a confecção do decalque. Mas a consulta jogou luz na escuridão.
Tele- é carente. Com ele é tudo colado. Se o coitado se junta a palavra começada com r ou s, respeita-lhe a pronúncia. Dobra as letras: telesserviço, telessushi, telerrevisão, telemarketing, telepizza.
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
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Nome de tribos indígenas não tem pedigree. Escreve-se com inicial minúscula (os tupis, os guaranis,…