Sem papas na língua, com jeito de quem bate papo em mesa de bar, Joaquim Barbosa soltou esta brincadeirinha: “Nós temos partidos de mentirinha”. Deputados e senadores não engoliram a gracinha. “O PSDB tem carne e osso. É fortinho”, respondeu o líder tucano. “O PT tem o governo. É fortão”, devolveu o mandachuva petista. Verdade? Mentira? Ninguém sabe. Quem responde pela incerteza é o português nosso de todos os dias.
Diminutivos e aumentativos se prestam a sentidos figurados. Exprimem afeto, emoção. Quando o filho chama de papaizinho o pai que pesa 120kg, nem pensa em tamanho pequeno. Demonstra carinho. Quando a sogra classifica o genro de advogadinho de porta de cadeia, recorre à acepção pejorativa. Destila veneno puro. Quando dizemos que alguém é bonitinha, bonita não é. Quando o vendedor de sapatos pede o pezão do garoto de 3 anos, com certeza o rapazinho não calça 40 nem 41.
E a mentirinha do ministro pop star? Ela lembra historinhas de carochinhas, princesinhas à espera do príncipe, anõezinhos e Brancas de Neves, Joõezinhos e Mariazinhas. É, como disse Raul de Leoni, “uma verdade que não soube encontrar sua ocasião”. Ou, como definiu Mário Quintana, “uma verdade que se esqueceu de acontecer”. Em bom português: são partidos de mentira.
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