Novembro é azul. É, também, negro. No 11º mês do ano, comemora-se a consciência negra. O evento traz à tona palavra tão antiga quanto a arca de Noé. É o caso de racismo. Outras mais recentes como consumismo. Mofadas ou fresquinhas, elas têm um denominador comum. Trata-se do sufixo -ismo. As quatro letrinhas, que vêm do grego, são pra lá de férteis. Formam palavras a torto e a direito. Algumas nasceram na língua-mãe (batismo). Outras, nos idiomas que o adotaram. Inimigo do mesmismo, o quarteto muda o significado.
Às vezes, designa jeitos de pensar, proceder ou sentir. Racismo, consumismo, mineirismo entram nesse time. Outras, doutrinas ou sistemas artísticos (simbolismo, modernismo), filosóficos (marxismo, existencialismo), políticos (getulismo, lulismo), religiosos (budismo, catolicismo, umbandismo). Não faltam gozações. Ismo adora derivar vocábulos populares pra lá de irônicos ou pejorativos. Exemplos? Eis dois: pão-durismo e puxa-saquismo.
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