Pedro Bloch sabia das coisas. Pediatra, prestava atenção às histórias contadas pelas crianças. Depois, anotava tudo e publicava na revista Pais e filhos. Roberto Freire, colaborador da coluna, encaminhou uma para os leitores. Ei-la:
Uma menina estava conversando com a professora. A mestra disse que era fisicamente impossível uma baleia engolir um ser humano porque, apesar de ser um mamífero enorme, tinha a garganta muito pequena. A garota bateu pé: afirmou e reafirmou que Jonas tinha sido engolido por uma baleia. Irritada, a professora repetiu que uma baleia não poderia engolir nenhum ser humano. Era fisicamente impossível. Seguiu-se este bate-papo:
— Quando eu morrer e for pro céu, vou perguntar a Jonas.
— E se Jonas tiver ido pro inferno?
— Aí a senhora pergunta.
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
Porcentagem joga no time dos partitivos como grupo, parte, a maior parte. Aí, a concordância…
O nome do mês tem origem pra lá de especial. O pai dele é nada…
Terremoto tem duas partes. Uma: terra. A outra: moto. As quatro letras querem dizer movimento.…
As línguas adoram bater papo. Umas influenciam as outras. A questão ficou tão banalizada que…
Nome de tribos indígenas não tem pedigree. Escreve-se com inicial minúscula (os tupis, os guaranis,…