Ora, a hora
Que escravidão! O relógio não dá sossego. É hora de pular da cama, hora do banho, hora do café, hora do ônibus, hora do ponto, hora da reunião, hora do almoço, hora do banco, hora da consulta, hora do lanche, hora da carona, hora da faculdade. Ufa!
Conclusão: hora é pra lá de poderosa. Contra ela, não adianta lutar. O bom senso, no caso, aconselha entender-se com a controladora. É o que diz o povo sabido: “Se você não pode com ela, junte-se a ela”.
O que fazer? Só há uma saída – aprender a indicar as horas. Em outras palavras: usar o grampinho se necessário. Mandá-lo pras cucuias se for preciso: Meu expediente começa às 8 horas. Estou ao telefone desde as 2 horas. Trabalho das 8h às 12h.
Não esquente a cabeça. Na dúvida, recorra ao macete. Substitua hora por meio-dia. Se no troca-troca der ao, ponha o acento. Caso contrário, xô! Nem pensar. Aprecie o tira-teima aplicado nas frases anteriores: Meu expediente começa ao meio-dia. Estou ao telefone desde o meio-dia. Trabalho das 8h ao meio-dia.
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