“Eta linguinha!”, exclamavam os revisores do Correio. Eles estavam numa enrascada. É que a revista Veja inventou um marciano. Chama-se Arc. O mocinho resolveu dar uma voltinha. Espiou a galáxia. Achou este planeta interessante. Não pensou duas vezes. Tomou um disco-voador. E chegou…a Terra? À Terra?
Os gramáticos ensinam: cuidado com a palavra terra. Quando a bichinha se opõe a mar (=a água), recusa o artigo. Nos filmes de navegação, a coisa fica clara.”Terra à vista”, festejam os marinheiros quando avistam o continente. Não dizem “a terra”. Ora, sem artigo, nada de crase.
Com o marciano, a história muda de figura. Terra não se opõe a mar. É planeta. Daí a letra maiúscula. Então, crase sim, senhor:
O marciano chegou à Terra.
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
Porcentagem joga no time dos partitivos como grupo, parte, a maior parte. Aí, a concordância…
O nome do mês tem origem pra lá de especial. O pai dele é nada…
Terremoto tem duas partes. Uma: terra. A outra: moto. As quatro letras querem dizer movimento.…
As línguas adoram bater papo. Umas influenciam as outras. A questão ficou tão banalizada que…
Nome de tribos indígenas não tem pedigree. Escreve-se com inicial minúscula (os tupis, os guaranis,…