Falsa crase, a enganadora
Nem sempre o grampinho resulta da fusão de dois aa. Às vezes, a clareza fala mais alto. Apela-se, então, para a falsa crase. Usa-se à. É o caso de vender à vista. Aí, não ocorre o encontro dos dois aa. No tira-teima, fica clara a ausência do artigo: vender a prazo.
Por que o à? Para evitar mal-entendidos. Sem o acento, poder-se-ia entender que se quer vender a vista (o olho). O mesmo ocorre com bater à máquina. Sem o grampinho, parece que se deu pancada na máquina.
Quando ocorre duplo sentido? Geralmente nas locuções que indicam meio ou instrumento: Matou-o à bala. Feriram-se à faca. Escreve à tinta. Feito à mão. Enxotar à pedrada. Fechar à chave. Matar o inimigo à fome. Entrar à força.
O acento é obrigatório? Ou só tem vez em caso de ambigüidade? Sem risco de duas interpretações, fica a gosto do freguês. Mas há forte preferência pela falsa crase. Com ela, não dá outra. É acertar. Ou acertar.
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