Crase antes de possessivo? Depende. Por quê? Simples como dois e dois são quatro. Esse pronomezinho goza de privilégios. Pode vir acompanhado de artigo ou não. Fica a critério do freguês dizer: Minha cidade tem dois milhões de habitantes. Ou: A minha cidade tem dois milhões de habitantes.
Ora, a crase é a fusão da preposição a com outro a. Por isso está correto escrever: Vou à minha cidade. Vou a minha cidade.
Na dúvida, recorra ao tira-teima. Substitua a palavra feminina por uma masculina. Se na troca aparecer ao, sinal de crase: Vou a (ao) meu país.
Viu? Artigo facultativo, crase facultativa. Você pode ou não acentuar o a. A escolha é sua.
Há, porém, uma construção enganadora. O a que antecede o pronome possessivo tem cara de artigo, mas artigo não é. Trata-se do ardiloso pronome demonstrativo. Com ele, toda atenção é pouca. Veja o exemplo:
• Não fui a (à) minha cidade, mas à sua.
Desmembrando a segunda oração, temos: Não fui a (à) minha cidade, mas à que (àquela que) é sua.
Lembre-se. O artigo é facultativo, mas o pronome não. Aplique o tira-teima: Não fui a (ao) meu país, mas ao seu.
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
Porcentagem joga no time dos partitivos como grupo, parte, a maior parte. Aí, a concordância…
O nome do mês tem origem pra lá de especial. O pai dele é nada…
Terremoto tem duas partes. Uma: terra. A outra: moto. As quatro letras querem dizer movimento.…
As línguas adoram bater papo. Umas influenciam as outras. A questão ficou tão banalizada que…
Nome de tribos indígenas não tem pedigree. Escreve-se com inicial minúscula (os tupis, os guaranis,…