Crase: macete das palavras repetidas

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A crase não foi feita pra humilhar. Mas pra tentar. Certas construções dão coceira na mão. Diante delas, o desejo parece irresistível. Ao menor descuido, lá está o acentinho comprometedor. Seguuuuuuuuuuuuuuuuuura!

Tentação satânica são as palavras repetidas. Ao vê-las, dobre os cuidados. Pare, pense e controle-se. Lembre-se de que as duplinhas têm alergia à crase. Não aceitam o sinalzinho nem a pedido dos deuses do Olimpo: face a face, cara a cara, semana a semana, frente a frente, uma a uma, gota a gota.

No caso, o artigo não tem vez. Se tivesse, o primeiro par viria devidamente acompanhado. Não vem. Sem artigo, nada de crase. Deixe a tentação para apelos mais fortes.

Duvida? Recorra ao tira-teima. Substitua a palavra feminina por uma masculina. Se der ao, sinal de crase. Caso contrário, nada feito: lado a lado, caso a caso.

Dad Squarisi

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