É um pega pra capar. De um lado, países europeus. Eles dizem que o Brasil desmata a floresta amazônica sem compaixão. De outro, o governo brasileiro, que nega a acusação. Afirma que ninguém preserva tanto o meio ambiente quanto o Brasil. No bate-boca, a Alemanha decidiu cortar ajuda que faz para preservar aquele paraíso verde. Bolsonaro esnobou: “A Alemanha vai parar de comprar a Amazônia à prestação”. Repórteres correram atrás da frase. Na hora de escrever, pintou a dúvida. Com crase ou sem crase? Sem certeza, uns puseram o acento. Outros, não. E daí?
Trata-se da falsa crase. Por questão de clareza, usa-se à mesmo sem a contração de dois aa. A ambiguidade ocorre nas locuções que exprimem meio ou instrumento. Eis exemplos: Vender à vista. Feriram-se à faca. Está à venda. Escrever à tinta. Feito à mão. Enxotar à pedrada. Fechar à chave. Matar o inimigo à fome. Entrar à força. Andar à toa na vida. Comprar à prestação.
O acento é obrigatório? Ou só se deve recorrer a ele em caso de ambiguidade? Sem risco de duas interpretações, fica a gosto do freguês. Mas há forte preferência pela falsa crase. Use-a. Você acertará sempre.
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