Segunda começa o Outubro Rosa. A campanha para o combate ao câncer de mama adotou a cor que tradicionalmente simboliza o feminino. Ao divulgá-la, pintou a pergunta. Por que cor-de-rosa se escreve com hífen? E cor de laranja, cor de gelo, cor de marfim dispensam o tracinho?
A reforma ortográfica cassou o hífen de palavras compostas. Entre elas, as composições de dois ou mais vocábulos ligados por preposição, conjunção, pronome. Pé-de-moleque, mão-de-obra, tomara-que–caia se escreviam com hífen. Agora estão livres e soltas — pé de moleque, mão de obra, tomara que caia.
As cores entraram na faxina. Antes, cor-de-laranja, cor-de-carne, cor-de-vinho, cor-de-abóbora, cor-de-creme se grafavam desse jeitinho. Agora, mandaram o tracinho plantar batata no asfalto. Ficaram assim: cor de laranja, cor de carne, cor de vinho, cor de abóbora, cor de creme.
E cor-de-rosa? A reforma citou o trio como exceção. É a exceção que confirma a regra.
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