Márcio Cotrim
A expressão, bastante popular, quer dizer ir aos pouquinhos. Aprendemos com nossas avós que mingau quente deve ser comido pelas beiradas, para não queimar a boca. Em Minas, a expressão cai como uma luva: quando algo parece muito difícil, o mineiro prefere ir devagar, sem pressa, até alcançar o objetivo.
Em outras palavras, é a atitude do come quieto, o que faz, mas não conta, não abre o jogo, não revela o pulo do gato — e quando você percebe, ele, no mocó e sem alarde, já fez o que queria fazer.
Na política, há partidos — como o antológico PSD mineiro de Alckmin e Benedito Valadares -– que passaram décadas no poder comendo pelas beiradas alguns dos melhores nacos da política brasileira. Hoje, o PMDB cumpre o mesmo papel. Ocupa todos os espaços. Entra governo, sai governo, ele lá continua, lampeiro e serelepe. Mestre em comer pelas beiradas, não se queimar e preservar as posições conquistadas. Lição de sabedoria de muita raposa felpuda.
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