“Bolsonaro repete que nazismo é de esquerda no Museu do Holocausto”, escreveu O Globo em chamada de capa. Leitores ficaram com a pulga atrás da orelha. O nazismo só seria de esquerda no Museu do Holocausto? Não. Mas o texto diz que sim. Qual o problema? A colocação do termo “no Museu do Holocausto”. Pra acabar com a ambiguidade, ele tem de ser separado. Há dois caminhos:
1. a troca de lugar:
No Museu do Holocausto, Bolsonaro repete que o nazismo é de esquerda.
Bolsonaro, no Museu do Holocausto, repete que nazismo é de esquerda.
Bolsonaro repete, no Museu do Holocausto, que nazismo é de esquerda.
2. apelar para a vírgula:
Bolsonaro repete que nazismo é de esquerda, no Museu do Holocausto.
Outros exemplos
Haverá um debate sobre inovação na Fiesp.
Na Fiesp, haverá um seminário sobre inovação.
Haverá, na Fiesp, um seminário sobre inovação.
Encaminho o documento anexo.
Anexo, encaminho o documento.
Encaminho, anexo, o documento.
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