É briga de cachorro grande. De um lado, o ministro da Cidadania, Osmar Terra. De outro, a Fiocruz, centenária instituição de pesquisa brasileira. Ela fez um levantamento sobre o uso de drogas no país. Ele questionou o resultado.
O assunto, claro, virou notícia. A manchete: “Osmar Terra pôs em xeque a pesquisa da Fiocruz”. Na hora de escrever, ops! Xeque ou cheque? As duas grafias existem. Mas dão recados diferentes.
Cheque é de banco. Pode ter fundos ou não. Daí cheque com fundos, cheque sem fundos (não fundo). Xeque é a jogada de xadrez (xeque-mate) ou o título de poderosos árabes (xeque saudita).
Lá da Pérsia
Xeque vem do persa xãh. Significa rei. No idioma do Irã, deu xá – título que se dava ao mandachuva do país antes da revolução dos aiatolás. Daquelas bandas veio o jogo de xadrez. Daí a expressão xeque-mate (o rei está morto).
Do Irã, Sua Majestade deu uma voltinha pelo árabe. Virou xeque ou sheik. Na língua do Corão, quer dizer chefe, ancião, soberano. Em Pindorama, a palavra ganhou fama com a novela O sheik de Agadir. Faz muito tempo.
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