“Eu sou forte. Exijo respeito!”, foi o recado da Coreia do Norte. O país asiático conjuga o verbo chantagear. Faz testes nucleares. Com eles, quer forçar acordo com as nações desenvolvidas. É esta: não ataca os vizinhos. Em troca, quer manter o regime comunista e pede ajuda pra diminuir a situação de miséria do povo. Lá, adultos e crianças passam fome, sentem frio e morrem sem remédios ou assistência médico-hospitalar. Por quê? O dinheiro tem dois destinos. Um: sustenta o poderoso exército. O outro: financia as pesquisas nucleares.
Enquanto a desmoralizada ONU faz reuniões e reúne conselhos, a coluna tira proveito da crise. Coreia traz à tona a reforma ortográfica. A mudança cassou o acento das paroxítonas em que figuram os ditongos abertos ei e oi. Por isso, Coreia, que se escrevia Coréia, perdeu o grampinho. Ideia, plateia, plebeia e europeia acompanham-na sem tossir nem mugir. Heróico, que também exibia o agudão, livrou-se dele. Fez companhia a joia, jiboia, apoio etc. e tal.
Morte parcial
Olho vivo! Só as paroxítonas tiveram o acento cassado. As oxítonas e os monossílabos tônicos mantêm o grampinho exibido: papéis, coronéis, herói, constrói, dói.
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
Porcentagem joga no time dos partitivos como grupo, parte, a maior parte. Aí, a concordância…
O nome do mês tem origem pra lá de especial. O pai dele é nada…
Terremoto tem duas partes. Uma: terra. A outra: moto. As quatro letras querem dizer movimento.…
As línguas adoram bater papo. Umas influenciam as outras. A questão ficou tão banalizada que…
Nome de tribos indígenas não tem pedigree. Escreve-se com inicial minúscula (os tupis, os guaranis,…