Post de quinta-feira respondeu a pergunta do leitor Carlos Matias. Ei-la: “Francisco é jesuíta. Ao ser anunciado, lembrou a história da ordem no Brasil. Educadores, eles se destacaram na catequese dos índios. Minha pergunta: por que catequese se escreve com s e catequizar com z?” A resposta: “O sufixo-isar, com s, não existe. Só existe -izar, com z.
Na formação de verbos, o sufixo -ar pede passagem. Se a palavra tem s no radical, as duas letrinhas se colam a ele. Assim: análise (analisar), pesquisa (pesquisar), atraso (atrasar), represa (represar), bis (bisar). Na ausência do s, a saída é abrir alas para o -z. Às vezes, a lanterninha do alfabeto está presente no radical. O -ar cola-se a ela (cicatriz, cicatrizar; cruz, cruzar). Sem o z, aparece o glorioso -izar: canal (canalizar), aval (avalizar), catequese (catequizar)”.
Leitores ficaram com o pé atrás. O xis da confusão foi o substantivo catequese. Se o danadinho tem s no radical, por que o verbo é catequizar, com z? A história tem tudo a ver com a localização do s. O sufixo -ar não se cola a ele. Se se colasse, o verbo seria catequesar. Mas, não é catequesar. É catequizar. Reparou? O e virou i. O s bateu asas e voou. Vá com Deus.
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