Liana Sabo (foto), colunista do jornal, escreve sobre culinária. O cuidado na apreciação dos pratos se estende ao uso do português. A razão é acaciana. Ela só pode dar o recado aos leitores por meio da língua. Por isso lê, lê muito. Também relê. Outro dia, acordou com um poema na cabeça. Trata-se de “Palavras”, da portuguesa Virgínia Victorino (1898-1967). Procurou-o. Ao bater os olhos no texto, sentiu forte emoção. Quis compartilhar o prazer conosco. Eis o trecho que a arrepiou da cabeça aos pés:
“Tudo as palavras dizem
A verdade, a mentira, a crueldade…
Mas afinal o que perturba e espanta
É o drama das que nunca foram ditas
Das palavras pequenas e infinitas
Que morrem sufocadas na garganta!”
A propósito de palavras…
Dito africano tem tudo a ver com o poema de Virgínia Victorino: “Sabe por que o cadáver pesa tanto? É por causa das palavras que a pessoa deixou de dizer”.
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