Al Martin escreve:
Estes últimos tempos tem-se falado muito do ex-presidente Lula, que, doente, está obrigado a passar por um tratamento que o está transfigurando.
Dez em cada dez veículos vêm noticiando que ele «raspou» a cabeça. Para mim, não está correto. Raspa-se chão, fundo de panela, pintura de parede velha, tártaro dental. Cabelo, no meu entender, rapa-se. Raspar a cabeça de alguém, além de inútil, é ato cruel que combina com a Idade Média. Cruel demais para nossos dias. Pode até esfolar e sangrar, mas o cabelo fica.
De certa forma, os dicionários emparelham os dois verbos considerando-os praticamente como sinônimos. Para mim, não são. Rapar é uma coisa; raspar, outra. E bem diferente.
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