Márcio Cotrim
Galego
No Rio Antigo – e insalubérrimo –, os sujeitos que transportavam fezes em barris eram chamados tigres. Muitos eram imigrantes galegos, originários da Galícia e extremamente pobres. Como sua pronúncia, apesar de idioma muito parecido com o nosso, era, digamos, muito enrolada, os brasileiros de então, sem entender o que os lusitanos diziam, achavam que eles eram galegos devido à deprimente ocupação dos tigres, apelido repudiado como ofensivo pelos portugueses.
Até pouco tempo atrás era comum, em terras cariocas, a designação de galegos aos que realizavam serviços de baixa importância social, felizmente eliminada nos dias de hoje. Mas ainda há, sobretudo no Rio de Janeiro, quem chame de galego o pobre carregador conhecido como burro sem rabo. Certos apelidos, mesmo os mais cruéis, às vezes se eternizam.
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