Embromação
Márcio Cotrim
Embromação tem seu berço no espanhol broma, brincadeira. Bastante aplicado no cotidiano, é conhecida forma de enganar outrem. O sujeito promete cumprir determinado compromisso e, a partir da data marcada, começa a adiar o assunto alegando todo tipo de desculpas. Em nossa vida pública, há famosos casos de embromação. No Congresso Nacional, diversos projetos dormem, sem decisão, nas entulhadas gavetas das senhoras e senhores parlamentares.
O caso da lei do divórcio, de iniciativa do deputado Nelson Carneiro, mofou por décadas até chegar ao plenário. Sempre havia um pretexto para adiamento, o que só fez aumentar a expectativa de tantos casais Brasil afora. Outro exemplo de embromação, este bem recente, tem sido a demora na aprovação da eliminação dos indecentes 14º e 15º salários pagos aos deputados e senadores. A maioria se declara a favor da lei moralizadora, mas o assunto nunca é resolvido. Nesse caso, fica a nação, perplexa e indignada até que Suas Excelências decidam. Terra de Macunaíma é assim mesmo.
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