O secretário de Direitos Humanos da Presidência da República sugeriu a ajuda da Polícia Federal. Os fardados de Goiás recusaram. Mas, 34 dias depois do primeiro sumiço, não mostram resultados. Sem linha de investigação, suspeitam de fuga de casa, trabalho escravo, tráfico de órgãos. E fica por isso mesmo. Vale a pergunta: se os desaparecidos fossem filhos de ministro, juiz, governador, o enredo seria esse? Não. Aqui, nem todos são iguais perante a lei. Há os mais iguais.
Não vale desanimar. Cartazes tomam paredes de ruas e praças de Luziânia. Em todos, sobressai um verbo. É procurar. O trissílabo deu nó no miolo dos redatores. A dúvida: “procura-se jovens desaparecidos” ou “procuram-se jovens desaparecidos”? Trata-se da velha passiva sintética. Jovens desaparecidos é o sujeito. O verbo, velho vassalo, concorda com o suserano. Muitos duvidam. Para sair da confusão, basta recorrer à passiva analítica. Aí, fica claro o mandachuva da oração: Procuram-se jovens desaparecidos (jovens desaparecidos são procurados). Vendem-se ovos (ovos são vendidos). Alugam-se casas na praia (casas na praia são alugadas). Consertam-se carros (carros são consertados).
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