Alerta

Compartilhe

A gripe suína assusta gregos e troianos. Muitos correm às farmácias. Compram remédios para prevenir o mal. A Organização Mundial da Saúde ficou preocupada. Chamou a atenção para o risco de duas palavras pra lá de conhecidas — automedicação e antigripal. Ninguém deve prescrever medicamentos para si mesmo. No caso, as drogas que combatem não previnem a gripe.

Os dois vocábulos remetem para a reforma ortográfica. Mais especificamente: ao emprego do hífen. No montão de regras, uma vale ouro. Letras iguais, diz ela, se rejeitam. Letras diferentes se atraem. Por isso automedicação se escreve sem tracinho (o o de auto morre de paixão pelo m de medicação). Mas autoorientação se grafam com elo (o o de auto tem alergia ao o de orientação). O mesmo ocorre com antigripal e anti-imperialismo.

Dad Squarisi

Publicado por
Dad Squarisi

Posts recentes

  • Dicas de português

Dicas de português: Páscoa, coelhinhos e chocolate

A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…

1 ano atrás
  • Dicas de português

Os desafios da concordância com porcentagem

Porcentagem joga no time dos partitivos como grupo, parte, a maior parte. Aí, a concordância…

1 ano atrás
  • Dicas de português

Você sabe a origem do nome do mês de março?

O nome do mês tem origem pra lá de especial. O pai dele é nada…

1 ano atrás
  • Dicas de português

O terremoto na Turquia e a língua portuguesa

Terremoto tem duas partes. Uma: terra. A outra: moto. As quatro letras querem dizer movimento.…

1 ano atrás
  • Dicas de português

Anglicismos chamam a atenção na língua portuguesa

As línguas adoram bater papo. Umas influenciam as outras. A questão ficou tão banalizada que…

1 ano atrás
  • Dicas de português

A simplicidade na escrita dos nomes de tribos indígenas

Nome de tribos indígenas não tem pedigree. Escreve-se com inicial minúscula (os tupis, os guaranis,…

1 ano atrás