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A gripe suína assusta gregos e troianos. Muitos correm às farmácias. Compram remédios para prevenir o mal. A Organização Mundial da Saúde ficou preocupada. Chamou a atenção para o risco de duas palavras pra lá de conhecidas — automedicação e antigripal. Ninguém deve prescrever medicamentos para si mesmo. No caso, as drogas que combatem não previnem a gripe.

Os dois vocábulos remetem para a reforma ortográfica. Mais especificamente: ao emprego do hífen. No montão de regras, uma vale ouro. Letras iguais, diz ela, se rejeitam. Letras diferentes se atraem. Por isso automedicação se escreve sem tracinho (o o de auto morre de paixão pelo m de medicação). Mas autoorientação se grafam com elo (o o de auto tem alergia ao o de orientação). O mesmo ocorre com antigripal e anti-imperialismo.

Dad Squarisi

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