Viva! Os candidatos mostram a cara. Depois do debate na Bands, o Jornal Nacional e o Jornal das 10 entrevistam os presidenciáveis. Dilma foi a primeira. Produzidísima, terninho bege, maquiagem e cabelo impecáveis, a louquinha pelo Planalto ouviu perguntas. Nas respostas, a informação passou para segundo plano. O destaque ficou com o “eu acho”. A candidata abria a boca. Não dava outra.
Lá vinham cascatas de achismos. “Eu acho que o Brasil tem experiência suficiente para saber o que deve ser feito.” “Eu acho que os cargos da administração pública têm de ser preenchidos com critérios técnicos.” “Eu acho que não é necessário que o cargo seja exigido por partido aliado.” “Eu acho que conseguimos vitória fantástica na Dinamarca.” “Eu acho que o presidente Lula não concorda”. Etc. Etc. Etc.
Ufa!
Reparou? Com o “eu acho”, o enunciado vira achismo. Fica fraco, sem convicção. E, claro, obeso e inconvincente. Sem a subjetividade explícita, a frase ganha poder e carga informativa. Compare: O Brasil tem experiência suficiente para saber o que deve ser feito. Os cargos da administração pública têm de ser preenchidos com critérios técnicos. Não é necessário que o cargo seja exigido por partido aliado. Conseguimos vitória fantástica na Dinamarca. O presidente Lula não concorda.
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