Ninguém acredita. Mas lá está. Na capa do Jornal do Brasil, aparece a chamada “ONU media disputas pelo Ártico”. Os leitores bateram os olhos no texto. Desconfiaram do que viram. Tornaram a ler. Não havia dúvida. O redator desconhece a gangue do MARIO. Se tivesse sido apresentado ao grupo, teria dado passagem à forma medeia.
Ela é composta de cinco verbos. A letra inicial de cada um forma o nome da galera:
m de
mediar,
a de
ansiar,
r de
remediar,
i de
incendiar e
o de
odiar.
O mais complicado é justamente mediar. Depois, remediar. Pra acertar sempre, vale a pena recorrer ao odiar. Ele é velho conhecido e todos terminam do mesmo jeitinho. Veja:
Presente do indicativo: odeio (anseio, medeio, remedeio, incendeio), odeia (anseia, medeia, remedeia, incendeia), odiamos (ansiamos, mediamos, remediamos, incendiamos), odeiam (anseiam, medeiam, remedeiam, incendeiam)
Pretérito perfeito: odiei (ansiei, mediei, remediei, incendiei), odiou (ansiou, mediou, remediou, incendiou), odiamos (ansiamos, mediamos, remediamos, incendiamos), odiou (ansiou, mediou, remediou, incendiou).
E por aí vai.
Viu? Conhecidas as manhas da gangue, a gente descobre que o leão é manso — mais manso que o gatinho lá de casa. E, diante de ciladas como a que vem abaixo, acerta sempre. Qual a opção nota mil?
a. Sempre que posso, remedeio a situação.
b. Sempre que posso, remedio a situação.
Marcou a
a? Viva!