Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher? Já era. Dado Dolabella que o diga. Num pega com Luana Piovani, o bonitão perdeu a elegância. Bateu na gata e, de quebra, deu uma sova na camareira Esmeralda de Souza. Pra quê? Elas botaram a boca no mundo, e o valentão na cadeia. Basearam-se na Lei Maria da Penha. Em síntese, o diploma legal diz que homem que bate leva. Vai pro xilindró.
Na vida nada se perde. Tudo se aproveita. Na língua também. O barraco da dupla global ensina lição pra lá de últil. Trata-se do emprego das maiúsculas e minúsculas. Atos de autoridades — leis, medidas provisórias, decretos, portarias —, ganham inicial grandona se preencherem um dos dois requisitos. Um: ter o número especificado. O outro: ter o nome definido.
Assim: Lei 2.342, de 26.2.2006; Decreto nº 3.212, de 10.3.2008; Medida Provisória 324, de 3.1.2009, Portaria 42; Lei das Mensalidades Escolares, Lei Antitruste, Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei Antidrogas, Lei de Imprensa, Lei Afonso Arinos. Etc. Etc. Etc.
Olho vivo! Nas demais referências e na ausência do número ou nome, vai-se a majestade. A plebeia pequenina ganha a vez: O presidente da República sancionou lei pra lá de importante. Trata-se da Lei 3.212, que obriga as montadoras a colocar airbags nos carros antes de pô-los à venda. Michel Temer quer limitar a farra das medidas provisórias. A oposição ameaça recorrer ao STF caso ele leve avante a ideia. Suas Excelências preferem que o Executivo continue a legislar. Eles ficam no bem-bom.
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