A caminhada do impeachment trouxe à tona velha questão que poucos engolem. Desde que Dilma Rousseff ganhou assento no Planalto e pouso no Alvorada, o gênero mereceu páginas de explicações, sem-número de entrevistas e montões de palpites. Nunca antes na história deste país, uma mulher havia chegado lá. Daí a dúvida. Ela é presidente ou presidenta?
Ninguém melhor pra responder que o dicionário. O pai de todos nós agrada a gregos, troianos e baianos. Abona as duas formas. Dilma, dizem que pressionada pelas feministas, escolheu presidenta. Com o azinho final, daria mais visibilidade ao feminino. A maioria da população estranhou. Esperneou. Criticou. Mas a palavra final pertence ao Aurélio, ao Houaiss e à Academia Brasileira de Letras. É a tal novela: Manda quem pode. Obedece quem tem juízo.
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