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Aumento no valor dos impostos e repasses reprimidos impedem que consumidor sinta queda
A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (18/1) uma revisão na política de preços do gás residencial. Entre as mudanças estão as datas de reajuste – que passam a ser trimestrais e não mais mensais – e a queda de 5% no valor do produto nas refinarias. Entretanto, o consumidor do Distrito Federal não deve sentir essa queda quando for comprar o botijão, assegura a Associação Brasiliense das Empresas de Gás (Abrasgás).
De acordo com a diretora da Abrasgás, Cyntia Moura Santo, os revendedores de gás absorveram os constantes aumentos praticados pela estatal no ano passado para conseguir manter a clientela. Dessa forma, não conseguirão diminuir o valor praticado atualmente.
“Na verdade, essa redução não vai chegar até o consumidor. A gente teve reajuste na casa de 67% no ano passado e o impacto não foi esse na ponta”, explica a diretora da Abrasgás.
Segundo o levantamento mensal feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), desde a mudança da política de preços da Petrobrás, em junho do ano passado, o valor do gás vem em crescente. Em agosto de 2017, custava R$ 60,19. Em outubro, foi para R$ 65,27 e em janeiro deste ano, chegou a R$ 68,88. Nem mesmo a retração do preço na refinaria em julho chegou ao consumidor final.
A Abrasgás alega ainda que não conseguirá repassar a redução por causa dos preços registrados. Eles são usados pela Secretaria de Fazenda para o cálculo do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A pasta calcula o valor do imposto a partir do preço praticado no mercado. Dessa forma, se o preço do botijão está mais alto, o imposto pago acompanha a variação. “Com isso, a gente teve aumento do ICMS e as companhias começaram a pagar mais impostos. Em ano eleitoral, não vai haver política impopular, como reajuste no GLP todo mês. Então o revendedor não vai conseguir retroagir porque ele absorveu os reajustes passados”, defende Cyntia.
A Petrobras informou que o objetivo da mudança na política de preços foi “suavizar os repasses da volatilidade dos preços ocorridos no mercado internacional para o preço doméstico, ao mesmo tempo em que se mantém o disposto na Resolução 4/2005 do Conselho Nacional de Política Energética, que reconhece como de interesse da política energética nacional a prática de preços diferenciados para a comercialização do GLP de uso residencial”.
Motoristas articulam fechar distribuidoras no DF e Sindicombustíveis teme desabastecimento
O movimento de bloqueio às distribuidoras de combustíveis de Goiás deve se estender ao Distrito Federal. A previsão é que o movimento se inicie no Distrito Federal às 0h desta quinta-feira (16/11). No estado vizinho, grupos de taxistas, caminhoneiros, motoristas de transporte de aplicativos estão impedindo a entrada e saída de caminhões dos terminais de combustíveis para protestar contra o aumento do preço do diesel e da gasolina nos últimos meses.
Segundo dados do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), o movimento ocorre desde segunda-feira (13/11) e 60 cidades goianas já passam por algum tipo de desabastecimento.
No Distrito Federal, o planejamento é que o bloqueio atinja os terminais localizados no Setor de Inflamáveis. Por grupos de WhatsApp, motoristas articulam uma concentração às 23h desta quarta-feira (15/11). O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis-DF) emitiu um comunicado se posicionado contrário ao movimento, temendo desabastecimento. “Não concordamos com esse tipo de ato que prejudica a população, nem mesmo com o aumento de preços da forma que está ocorrendo pela Petróleo Brasileiro”, informou o presidente Daniel Costa.
Gás de cozinha deve voltar a subir e terá o maior reajuste desde junho
Porcentagem deve ser em torno de 15%, conforme comunicado enviado aos revendedores
O valor do gás doméstico (GLP) vai subir novamente a partir de amanhã (5/9) e o consumidor pode esperar alta nos botijões. O reajuste mensal de setembro a ser anunciado pela Petrobras deve ser em torno de 15%, o mais alto desde junho, data em que a estatal alterou a política de preços e a indexação passou a ser mensal. A orientação da Petrobras é a de que os revendedores mantenham “seus estoques cheios”.
De acordo com a Associação Brasiliense das Empresas de Gás (Abrasgás), em comunicado enviado aos revendedores, a companhia informou que o ajuste do dia 5 de setembro “aponta para um aumento de 15% no preço do GLP”. Entretanto, o informe não descarta a hipótese do acréscimo ser ainda maior: “Isto sem considerar o ajuste decorrente da Convenção Coletiva da categoria (que ocorre todo setembro) e repasse de custos”.
Em junho, a Petrobras anunciou reajuste de 6,7% no gás doméstico. Em julho, o índice foi de 4,5% negativo; em agosto, 6,9%. O acumulado nos três meses foi alta de 8,93%.
O Correio entrou em contato com a Petrobras, mas até a publicação desta matéria, a estatal não se pronunciou.
Composição do preço
Desde junho, a Petrobras passou a anunciar em todo dia 5 a correção mensal no valor do GLP-P13, conhecido como gás de cozinha ou doméstico. O preço final passou a levar em conta as cotações no mercado internacional. Até maio de 2017, a estatal adotava uma política que evitava o repasse da volatilidade do câmbio e das cotações internacionais no mercado interno. Por isso, geralmente, fazia-se uma correção anual. Na ocasião do anúncio da flutuação o presidente da companhia, Pedro Parente ressaltou que o gás não tinha uma política de comercialização definida e que “com isso, completamos o ciclo de definição de políticas para os produtos da companhia”.
O valor do botijão ao consumidor é formado pelo preço da Petrobras, equivalente a 27% do total, bem como tributos estaduais e federais e margens de distribuição e revenda, que respondem por 73% do preço.
Baixa de preços de combustíveis na refinaria ainda não chegou nas bombas
Por Equipe do Correio
Apesar de a Petrobras ter anunciado corte de 3,2% no valor da gasolina nas refinarias, poucos postos de combustíveis diminuíram os preços no Distrito Federal. O custo mínimo encontrado no Plano Piloto se mantém em R$ 3,23, como na semana passada. Entre os revendedores que já cobravam menos que R$ 3,30, apenas três tiveram reduções, que variam de R$ 0,02 a R$ 0,04 a menos por litro. Muitos proprietários de postos alegam que ainda estão com os estoques altos e comprados antes da redução no valor nas refinarias.
Dos 22 postos visitados pelo Correio na tarde de ontem (17/10), sete tiveram redução. A maior queda foi de R$ 0,28 em um estabelecimento da Asa Sul, mas o custo cobrado anteriormente era superior a R$ 3,54. Os gerentes dos postos não souberam dizer se o recuo foi influenciado pela redução nas refinarias da Petrobras, mas garantem que a queda na distribuição será repassada aos consumidores.
Os novos valores nas refinarias estão em vigor desde sábado (15/10). As distribuidoras compram o combustível nos pontos de vendas da estatal e o repassam pelo preço desejado. “A Petrobras baixa lá na refinaria, mas os distribuidores finais podem reduzir ou não os valores. Isso depende das circunstâncias das operações, dos custos e da demanda”, explicou o consultor econômico Carlos Eduardo de Freitas.
A BR Distribuidora, vinculada à Petrobras, disse que não comenta a precificação final dos combustíveis, que é feita, informou, “a partir de variáveis como estrutura de custos fixos e variáveis, carga tributária, política comercial, concorrência etc”.
Leia aqui como é feita a composição do preço da gasolina
O brigadista Werley José Machado, 29 anos, diz que o preço justo da gasolina deveria ficar abaixo de R$ 3. “É um absurdo o produto custar R$ 0,94 na Venezuela e bem mais no Brasil, onde há maior consumo”, considerou. Ele e a família ficaram 35 minutos na fila de um posto que vendia gasolina a R$ 3,23 na Asa Norte. “O dinheiro que sobra eu coloco no cofrinho do meu filho, Matheus. Já consegui economizar R$ 400”, destacou.
Questionada se iria baixar os preços, a Rede Jarjour informou que o cenário em cada região é diferente, o que não garante uma redução igual na bomba em todo o país. “Em Brasília, estamos trabalhando com uma margem extremamente reduzida”, informou a empresa. O Correio não conseguiu contato com Rede Cascol, que está sob intervenção do Conselho Administrativo de Defesa Econômica. A Rede Gasolline não respondeu às perguntas.
A assistente social Maria Aparecida Gomes, 51 anos, sempre pesquisa preços antes de abastecer. Desde o início do ano, ela conseguiu economizar entre R$ 100 e R$ 150 com a queda nos valores, e espera por novas reduções. “Vamos ver se os postos vão reduzir o preço. Espero que sim”, disse.
Confira os valores do combustível no DF
Posto de combustível 14/10 17/10
Petrobras Quadra 300 Sudoeste 3,59 3,59
Petrobras Quadra 305 Sudoeste 3,59 3,59
Petrobras Quadra 1401 Cruzeiro Novo 3,27 3,23
Shell Eixo W Quadra 16 Sul 3,54 3,28
Petrobras Eixo W Quadra 14 Sul 3,35 3,34
Jarjour Eixo L Quadra 11 Sul 3,25 3,25
Petrobras Eixo W Quadra 9 Sul 3,39 3,39
Auto Lu’s Eixo W Quadra 7 Sul 3,44 3,38
Petrobras Eixo W Quadra 5 Sul 3,39 3,39
Petrobras Eixo W Quadra 3 Sul 3,44 3,44
Petrobras Eixo L Quadra 14 Norte 3,29 3,29
Ipiranga Eixo W Quadra 11 Norte 3,39 3,35
Shell Eixo L Quadra 11 Norte 3,39 3,39
Ipiranga Eixo L Quadra 10 Norte 3,25 3,23
Petrobras Eixo L Quadra 9 Norte 3,25 3,25
Jarjour Eixo L Quadra 7 Norte 3,25 3,25
Ipiranga Eixo L Quadra 5 Norte 3,66 3,66
Petrobras Eixo L Quadra 3 Norte 3,61 3,61
Ale SHCS 05 (Próximo à Torre de TV) 3,25 3,25
Petrobras QE 23 Guará II 3,38 3,38
Petrobras QE 36 Guará II 3,38 3,38
Shell Eixo W Quadra 9 Norte 3,25 3,23