Preços de passagens na Copa do Mundo preocupam consumidores

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Quando a Anac autorizou os 1.973 voos a mais para o período da Copa do Mundo, uma das justificativas foi o aumento da oferta para tentar conter o preço. As tarifas aéreas no Brasil seguem o regime de liberdade tarifária que vale tanto para voos nacionais quanto internacionais com origem no país. Assim, com mais oferta, a demanda não ficará tão reprimida e os preços mais baixos. Cabe à Anac registrar os valores dessas tarifas para análise e acompanhamento do mercado. A Azul e a Avianca informaram que as passagens para o mundial não vão ultrapassar R$ 999 no mundial. A Gol e a TAM optaram por não estipular um teto máximo de preços.

Porém, o consumidor que tem procurado passagens para assistir os jogos da Copa está assustado. Saindo de Brasília, os trechos para cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, locais da abertura e da final do torneio podem custar mais de R$ 1 mil ida e volta. Para Natal, o passageiro terá que desembolsar, só na ida, de R$ 500 a R$ 600. Procuradas pela reportagem, a TAM não se pronunciou sobre os preços e a Gol informou que apenas 10% dos trechos custam mais de R$ 500. A companhia disse que é possível encontrar trechos a R$ 87,80, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Simulando uma compra durante o período do evento, a reportagem não conseguiu localizar esse valor.

A Anac informou que tem monitorado quinzenalmente as tarifas praticadas pelas companhias para o período da Copa e se “observar práticas abusivas comunicará imediatamente aos órgãos competentes para as providências”. A expectativa da agência é que não haja preços elevados demais e que o comportamento do mercado seja parecido com o de alta temporada (fim e ano, carnaval e férias de julho).

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça para saber se o órgão tem feito monitoramento de preços e se tinha alguma estratégia parecida como a de estipular preços médios, como fez nos hotéis no Rio de Janeiro, mas a secretaria apenas respondeu que não tem novidades sobre o assunto e que não recebeu nenhuma reclamação sobre os preços praticados pelas companhias aéreas.

Flávia Maia

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Flávia Maia

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