O cliente da Caixa deve ser o mais prejudicado com a elevação da taxa de juros para o financiamento imobiliário que entrou em vigor na última segunda-feira (19/1). De acordo com cálculos da Proteste Associação de Consumidores, as diferenças podem chegar a R$ 137 mil para um imóvel de R$ 800 mil e R$ 19 mil para um de R$ 400 mil.
As simulações de financiamento foram feitas usando o perfil de uma pessoa de 35 anos, no Rio de Janeiro, com renda mínima de R$ 10 mil, com prazo de 30 anos de pagamento. Segundo a Proteste, a alta do Custo Efetivo Total (CET) foi maior para os imóveis financiados pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que envolve financiamentos com valores superiores a R$ 750 mil para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal, ou R$ 650 mil para os demais estados. Os juros aumentaram principalmente para quem é cliente do banco, ou seja, que tem qualquer tipo de relacionamento com a instituição financeira.
Para os imóveis financiados através do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) destinado à imóveis de até R$ 750 mil para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal e até RS 650 mil para os demais estados, a taxa de juros sofre alteração para os consumidores que tem relacionamento com a Caixa e permanece a mesma para quem não é cliente do banco.
A Proteste simulou valores de financiamento imobiliário com as novas taxas para dois perfis e comparou com o último estudo, feito no ano passado. A diferença pode ser de R$ 137.591,05 para um imóvel de R$ 800 mil, que é financiado pelo SFI para o consumidor sem nenhum tipo de relacionamento com o banco (taxa balcão). No estudo anterior, o valor pago no término do financiamento era de R$ 1.370.251,58. Com a elevação dos juros, o valor passou a ser de R$ 1.507.842,63.
Para um imóvel de R$ 400 mil que é financiado pelo SFH e o perfil de consumidor com relacionamento e conta salário no banco, o valor do financiamento foi de R$ 748.053,91 no estudo anterior. Quando aplicada a elevação dos juros, a quantia sobe para R$ 767.449,48 – diferença de R$ 19.395,57.
Procurada pelo Correio, a Caixa informou que não vai se pronunciar.
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