A Capital DF Administração de Eventos está habilitada para gerir o Centro de Convenções Ulysses Guimarães pelos próximos 25 anos. A escolha foi anunciada na tarde desta quinta-feira (5/4) na Secretaria de Fazenda do Distrito Federal. O governo ainda tem 60 dias para assinar o contrato. Com a assinatura do documento, esta será a primeira parceria público-privada do governo de Rodrigo Rollemberg que sai do papel.
Trata-se de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), ou seja, um complexo de empresas que se une para participar da licitação. As empresas participantes do consórcio são: VGS Produções, ESB 116 Administração e Participações LTDA e Centro Internacional de Convenções do Brasil. A empresa foi a única interessada em gerir o espaço.
O consórcio aceitou as regras do edital: valor mínimo de outorga por ano de R$ 2,6 milhões, preço a ser pago em cada aniversário do contrato. No ato da assinatura, R$ 3,8 milhões devem ser repassados pela empresa para o Executivo local. Outros R$ 12 milhões devem ser investidos na reforma do espaço.
No último dia 27, o GDF recebeu a proposta e adiou a sessão. De acordo com o subsecretário de parceiras público-privadas, Rossini Dias, o consórcio tinha que apresentar documentos pendentes, por isso, a última reunião foi adiada. Entre a documentação que faltava estava o termo de responsabilidade de eventos já contratados e a capacidade comprobatória da capacidade técnica.
A exploração comercial fica por conta do recebimento de eventos, seja com a promoção deles, seja com o aluguel do espaço e a publicidade. A taxa de ocupação anual do Centro em eventos privados é de 20%, mas com potencial de crescimento.
Edital
O documento para a concessão do Centro de Convenções demorou mais de um ano e meio para ficar pronto, mesmo sendo considerado o modelo mais simples de parceria. Para conseguir interessados, o governo diminuiu o lance inicial do valor de investimento privado de R$ 79 milhões para R$ 12 milhões. A demora para o lançamento do edital e a cifra de investimento seis vezes menor do que a primeira tratativa no Centro de Convenções mostraram que o setor privado encarou com desinteresse a proposta do Executivo. A pouca atratividade somada à crise econômica que o país e o DF vivem fez o governo repensar o plano original.
Na primeira versão da parceira público-privada pensada pelo governo, o investidor teria de desembolsar contrapartidas, como construir um estacionamento subterrâneo, montar uma cozinha industrial e revitalizar a Praça dos Namorados. Agora, o governo voltou atrás, suspendeu as contrapartidas citadas e o somatório de benfeitorias abaixou para R$ 12 milhões. Além do valor em obras, o vencedor da proposta terá que desembolsar R$ 3,8 milhões na assinatura do contrato e pagar uma quantia anual de R$ 2,6 milhões para o GDF.
O grande desafio do futuro gestor do espaço será atrair mais eventos para o espaço do que o Estado conseguiu. Dados da Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer mostram que o Centro de Convenções sediou 183 eventos em 2016 e gerou renda de R$ 3,2 milhões. Em 2017, até novembro, foram 135 eventos, com renda de R$ 2,27 milhões.
Estrutura
O Centro de Convenções tem 54 mil metros quadrados de área construída. O espaço é dividido em três alas e cinco auditórios. Há ainda 13 salas moduláveis, áreas de apoio e espaços para feiras e exposições.
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