Gás de cozinha sobe 12,2%; Petrobras diz que impacto será de R$ 2,44 para o consumidor

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A estatal justifica o maior aumento desde junho com furacão Harvey e os baixos estoques no mercado internacional

Credito: Luis Nova/Esp.CB/Esp.CB/D.A. Press

A Petrobras divulgou nesta terça-feira (5/9) o reajuste mensal do preço do gás residencial em 12,2%, o índice vale a partir da quarta-feira (6/9). Esse é o maior repasse (conforme antecipado ontem pelo Blog do Consumidor) feito pela companhia desde a alteração na política de preços feita em junho. Segundo os cálculos da empresa, dessa porcentagem apenas 4,2% vai chegar ao consumidor final, o que seria uma média de R$ 2,44 a mais no valor atual pago pelos clientes.

Entretanto, a Associação Brasiliense de Empresas de Gás (Abrasgás), contesta o índice de 4,2% passado pela Petrobras. A diretora da entidade, Cyntia Moura Santos, explica que o repasse ao consumidor tende a ser maior porque o reajuste vai sendo passado em toda a cadeia de comercialização. “O valor que chega ao consumidor não é o valor da Petrobras. Daí, quando o revendedor vai repassar, o consumidor não aceita, ele (o revendedor) não consegue vender e quebra”, alerta.

A Petrobras informou que a correção se deve a estoques muito baixos e eventos como os impactos do furacão Harvey na maior região exportadora mundial de gás liquefeito de petróleo. “A região de Houston (Texas) é a maior exportadora mundial de GLP, atendendo mercados importadores como Europa e Extremo Oriente. Com a chegada do furacão Harvey na semana passada, tanto a produção quanto os terminais do Golfo americano foram impactados e permanecem fora de operação. Assim, a menor disponibilidade de GLP provocou aumento de preço nos mercados consumidores, incluindo o Brasil”, justificou a companhia.

Em relação aos estoques, a Petrobras informou que “os preços já vinham sendo afetados por estoques em níveis próximos do mínimo observado nos últimos cinco anos nos Estados Unidos. Avaliações de mercado chegaram a apontar que o estoque não atingiria níveis considerados confortáveis para fazer frente ao período de inverno no hemisfério norte”.

Ainda de acordo com a Petrobras, a correção aplicada neste momento não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional. Uma nova avaliação do comportamento deste mercado será feita  em 21 de setembro.

Flávia Maia

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Flávia Maia

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