Cresce a quantidade de endividados no DF

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A quantidade de endividados no Distrito Federal em outubro aumentou 66,5% em relação ao mesmo mês no ano passado. Em 2012, 623.817 pessoas declararam ter algum débito em aberto, em 2011, esse número correspondia a 374.468, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada pela Federação do Comércio do DF. Em contrapartida, o percentual de devedores com contas em atraso caiu de 23,7% para 12,3%.

O que significa que, por mais que o brasiliense esteja se endividando mais, ele está com poder maior de pagar os compromissos firmados, diminuindo, portanto, a inadimplência na capital do país. Para o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, a explicação para o aumento de endividados é a oferta de crédito crescente no Brasil, em especial no Distrito Federal. “Como parte importante dos trabalhadores do DF é de servidores públicos, as pessoas não têm medo de fazer dívidas porque não temem o desemprego. Por isso também, os bancos aumentam a quantidade de crédito disponível”, afirma Adelmir.

O presidente explica ainda que resultados como os de outubro, com mais gente se endividando e menos inadimplentes, anima os comerciantes, porque é sinal de que está havendo consumo e, se as pessoas estão pagando as dívidas, elas vão continuar comprando no futuro.

De acordo com a pesquisa, em outubro, 84,2% dos entrevistados estavam endividados com pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal e prestações de carro e seguros. Desses, 76,7% se consideram pouco endividados, 5,3% mais ou menos endividados e 15,8% declaram não ter dívidas. Apenas 2,2% se consideram verdadeiramente endividados. Entre os que têm débitos, 85,4% declaram ter algum em atraso. Dos que têm conta em atraso, 32,7% disseram ser capazes de quitar os débitos e a média de atraso é 30 dias.

O cartão de crédito é a principal dívida do brasiliense, 89,2% dos endividados devem para alguma bandeira de cartão. O cheque especial vem em seguida, com 22,8%. “A dívida com no cartão de crédito é preocupante. Se o consumidor consegue pagar a fatura inteira, o cartão é um bom negócio. Mas se atrasa, os juros são os mais altos do mercado”, alerta Adelmir.

Flávia Maia

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Flávia Maia

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