Saiba quanto de água se gasta em cada atividade para não armazenar além da conta

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Caesb recomenda não estocar mais que o necessário no dia do racionamento

Crédito: Pedro Ladeira/Esp. CB/D.A Press

O receio de ficar sem água levou os moradores das regiões atingidas à estocarem o líquido – alguns em quantidade superior ao necessário por 24 horas. Tanto a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) quanto a Agência Reguladora de Águas (Adasa) condenam a prática. Até porque se todos guardarem mais água do que o necessário, o rodízio e a economia de água perdem a razão de acontecer. “Algumas pessoas reservam mais do que o necessário porque é uma situação inédita. Percebemos situação similar quando fizemos o racionamento em Planaltina e Sobradinho. O consumo aumentou na primeira semana, mas na semana seguinte, se normalizou”, explica Igor Medeiros Silva, regulador de serviços públicos da Adasa.

Para Karina Bassan, engenheira química da Caesb, essa primeira reação de armazenar mais água do que o necessário deve-se ao fato de as pessoas não terem noção exata de quanto consomem de água e quanto cada atividade demanda do líquido. “Como é a primeira vez que temos um racionamento, isso gera insegurança. A população não tem noção de quanto gasta de água para tomar um banho ou escovar os dentes, por exemplo. A gente não tem a cultura de saber quanto realmente precisamos de água para nossas atividades diárias”, frisa.

Segundo cálculos da Caesb e da Adasa, cada morador precisa, em média, de 100 a 150 litros diários de água. Dessa forma, uma casa com até cinco pessoas pode manter uma caixa de 500 litros, sem a necessidade de mais estocagem. Igor explica que, pelo Código de Obras do Distrito Federal e resoluções da Adasa, é recomendável que toda edificação tenha armazenagem suficiente por 24 horas.

A Caesb orienta aos usuários que não armazenam água em baldes, tambores ou latões. “Não são recipientes adequados e podem virar foco de mosquito da dengue”, lembra Karine. O plano de racionamento começou ontem em três regiões do DF. Ao todo, serão 15 regiões administrativas afetadas pelo racionamento – todas elas abastecidas pelo rio Descoberto. O rodízio vai funcionar em um ciclo de seis dias, onde o morador fica 24 horas sem água. Em seguida, passa dois dias com o sistema instável e mais três dias com o serviço normalizado.

Atividades e consumo de água

Paulo de Araujo/CB/DA Press

>> Escovar os dentes:
Torneira aberta continuamente: 18 litros de água
Abrindo e fechando a torneira: 2 litros de água

>> Lavar louça:
Torneira aberta continuamente: 240 litros de água
Abrindo e fechando a torneira: 70 litros de água

>> Tomar banho:
Banho de 20 minutos: 120 litros de água
Banho de 5 minutos: 30 litros de água

>> Descarga:
Gasto de 7 a 10 litros

>> Torneira mal fechada:
Apenas gotejando: 46 litros de água por dia
Fluindo em forma de filete: 180 a 750 litros por dia

>> Lavar calçadas com mangueira:
Gasto de 120 litros

*Fonte: Caesb

Serviço:
Nesta terça (17/1), a interrupção ocorre nas regiões de Vicente Pires, Colônia Agrícola Samambaia, Vila São José, Jóquei, Santa Maria, DVO, Sítio do Gama, Polo JK e Residencial Santa Maria
Religação e estabilização: Ceilândia Oeste, Recanto das Emas e Riacho Fundo II.
Flávia Maia

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Flávia Maia
Tags: água armazenar crise hídrica racionamento

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