VENDO O LABIRINTO DE CIMA

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Estamos no terceiro milênio, em 2023, e o Brasil registra 1 feminicídio a cada 7 horas. Isso é simplesmente inacreditável! Muitos são os esforços para proteção das mulheres e redução desse quadro pavoroso. E cabe a todos nós exigir, cobrar, apoiar iniciativas governamentais e da sociedade civil nesse sentido, mas acredito que, para que essa luta não seja inglória, as mulheres precisam de ajuda para fazer a sua parte, que não é fácil. São enormes as dificuldades e só quem conhece bem esse tipo de processo entende o quanto.

Imagine que alguém está perdido num labirinto, sabe que há uma saída, mas não tem a menor ideia de onde ela está. Tentando sair, a pessoa fará várias tentativas frustradas e, com o tempo, o nível de estresse vai se elevando e as chances de ela conseguir se safar vão diminuindo. Agora imagine que outro alguém num helicóptero lhe joga uma corda, a faz sobrevoar o labirinto para que o conheça e localize a saída, e a devolve para o lugar de onde foi alçada. Agora, com a visão do todo, com informações preciosas a que ela não tinha acesso, ela tem chance de sair.

Muitas mulheres que vivem um relacionamento abusivo, do tipo que pode transformá-la na próxima vítima de feminicídio, sentem-se assim, num labirinto de incredulidade, de sustos, de medo, de frustrações, de cansaço, de desilusão, sem ter a menor ideia do rumo para a saída. Tudo isso muitas vezes misturado com declarações de amor que o companheiro lhe faz, que em nada combinam com as atitudes dele, mas que as mantêm presas à esperança de que tudo mude e fique bem.

Foi para elas que eu criei, em 1995, o PARA SOBREVIVER A UM GRANDE AMOR, grupo de terapia para mulheres que estão assim, presas numa vida que mais parece um labirinto, sem nem conseguir entender o que realmente está acontecendo. E elas precisam da visão do todo para entender em que estão metidas, visualizar possíveis saídas e planejar seus movimentos, sem serem criticadas, sem serem julgadas, sem piadinhas de mau gosto, sem palpites e conselhos que não podem seguir.

Um grupo para mulheres que viveram ou estão vivendo um relacionamento amoroso difícil, que envolva violência física ou violência psicológica. Mulheres presas a parceiros viciados em álcool, drogas, jogo, relacionamentos extraconjugais; mulheres que precisam sustentar a casa sozinhas porque o parceiro se recusa a participar ou não se dispõe a trabalhar; mulheres abandonadas emocionalmente; mulheres abandonadas sexualmente.

O grupo não é de autoajuda, é de terapia, mas o valor cobrado é simbólico e agora as sessões são online. Para mais informações, basta mandar mensagem para mim no (61)99188.9002. Você também pode participar do Grupo de WhatsApp para receber textos, vídeos e informações sobre a temática do grupo de terapia clicando AQUI.

E, se você conhecer alguma mulher que passou ou está passando por algo assim, fale com ela sobre o grupo. Muitas estão correndo sério risco de morte e precisam de ajuda para elas mesmas e para seus filhos. Creia que há mais coisas entre o céu e a terra, o que inclui relacionamentos abusivos, do que pode supor a nossa vã filosofia e os leigos nesse assunto. Ajude a salvar vidas!

A quem quiser conhecer melhor esse assunto, sugiro a leitura do texto PARA SOBREVIVER A UM GRANDE AMOR, clicando AQUI.

Você pode comentar este texto logo depois dos anúncios, mesmo que você não seja assinante do jornal. Ou pode mandar um comentário para mim por WhatsApp no (61)991889002, para que eu o publique. Você também pode me enviar um texto que considerou interessante e que combina com este blog.

MARACI SANT'ANA

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