Que beleza de contribuição do ROGÉRIO VAZ DE OLIVEIRA! Crônica para ser lida com atenção e cuidado, para reflexão.
SER ÂNCORA OU VELA!
Ao buscarmos uma paisagem que nos remeta à tranquilidade e nos faça meditar, é bem possível que o mar seja a primeira ideia que surgirá. A brisa constante que acaricia nossa alma e areias finas massageando nossos pés e som das ondas indo e vindo, arrebentando na praia. É o paraíso na terra.
Firmando nosso olhar no horizonte podemos ver navios, pequenos pontos no imenso oceano, que sereno impõe sua força e respeito. Neste lindo cenário, um veleiro navegando em mares tropicais, com sol e ventos favoráveis são as condições ideais que um marujo deseja. Agora imaginemos que somos este barco e que o mar é a nossa vida, com todo o pacote completo, com sonhos, desejos, preocupações e frustrações.
O nosso barco está bem equipado: bússola, coletes salva-vidas, cordames, velas, sistema de comunicação e a sua âncora. Itens necessários para que navegue com segurança e siga seu destino planejado.
A bússola é a nossa consciência, onde nos dará a direção e se tivermos a devida atenção encontraremos o caminho correto ou nos perderemos em mares revoltosos. Destes não há quem escape e para enfrentá-los, utilizaremos coletes salva-vidas, que serão nossa família e amigos.
Os cordames grossos são os nossos elos de ligação com todos que nos cercam, eles podem proteger uma carga preciosa no convés ou prender aqueles que amamos, se apertarmos muito os nós poderemos sufocar, se afrouxarmos podemos perdê-los.
A âncora pode nos imobilizar eternamente no comodismo e até mesmo pelo medo de buscar novos portos, portanto é que devemos saber o momento de içá-la e seguir nossa viagem. O medo é a âncora do barco. As velas, a inspiração e vontade.
Uma âncora nunca deve ser lançada quando tivermos nossas velas içadas, embolsadas pelo vento, este é um dilema, nosso eterno conflito de agir, o medo e a coragem. A dúvida e a certeza, que constantemente nos acompanham.
Nossas velas a todo pano e recebendo bons ventos nos levarão para longe, são os nossos pensamentos e desejos mais fortes, nossa força será a forma como receberemos os ventos e embolsando nas velas darão o impulso tão forte que não haverá distância que deixaremos de alcançar. Confúcio, dizia “Você não pode mudar o vento, mas pode ajustar as velas do barco para chegar onde quer”.
Ajustar as velas do barco da vida de acordo com os ventos que sopram é criar meios de adaptar-se aos novos ares. A habilidade de adaptação é algo que trazemos conosco.
Situações inesperadas apareceram constantemente. Não conseguimos manter controle sobre a vida o tempo todo. Temporariamente saímos de nossas rotinas, num tempo oportuno a vida nos oferece novos ventos, muitas vezes violentos, que quase chegam a virar nosso barco da vida.
Os ventos, o mar e os destinos não desaparecerão, basta a nossa vontade em escolher. E lhe pergunto, o seu desejo é ser Âncora ou Vela?
Rogério Vaz de Oliveira é Relações Públicas, Especialista em Comunicação Pública e em História da Maçonaria
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