Quando abrimos espaço para que as pessoas se comuniquem conosco e mandem perguntas, coisas super interessantes acontecem. Recebi de um leitor a seguinte mensagem:
“Olá Maraci. Estava lendo seu blog e tenho uma dúvida. Você acredita que ser o ‘outro’ numa relação é de igual responsabilidade a quem está no relacionamento e escolheu trair? Ou quem aceita essa situação mesmo sabendo que está ficando com alguém comprometido não tem nada a ver com isso? Tenho me perguntado isso e não consigo chegar em uma conclusão.”
Um triângulo amoroso é ilegal, é imoral ou engorda? Nem vou entrar nessas considerações, mesmo que, como ocorre na maioria dos casos, um ou dois dos envolvidos não tenha a menor ideia do que está rolando. Mas uma coisa é certa – essa configuração não é para toda e qualquer alma. Passada a euforia inicial, surgem as inquietações e as cobranças que tendem a aumentar com o passar do tempo.
E a preocupação do leitor que está me pedindo orientação significa que o triângulo em que ele se envolveu o está deixando, no mínimo, desconfortável. No momento, ele está preocupado quanto à responsabilidade dele nesse imbróglio, se ela é menor do que a de quem está traindo o parceiro.
Será que é assim que funciona? Será que o infiel tem mais responsabilidade? Muita gente prontamente diria que sim, mas isso é irrelevante, não deveria jamais ser uma preocupação. Até porque o outro ter mais ou menos responsabilidade não nos exime de nada. O que realmente importa é o que nos leva a nos envolvermos e a nos mantermos na situação. A motivação tem um peso enorme e pode agravar ou desagravar a culpa que costuma se apresentar, como está acontecendo com o leitor.
Ninguém escapa das consequências de ter se envolvido num triângulo amoroso, por mais que o desfecho seja suave, e todos precisarão lidar com elas mais cedo ou mais tarde. E esse tipo de relacionamento, embora comum, em geral não é o ideal pra ninguém. Ele deixa marcas importantes que podem não ser superadas mesmo em caso de desfazimento do triângulo e início de um novo relacionamento entre os amantes.
Quando nos envolvemos com alguém, devemos sempre procurar entender a nossa motivação. E, num triângulo amoroso, isso não diferente. Podemos estar apaixonados ou nos sentindo sozinhos, por exemplo. Ou podemos ser o tipo de pessoa que só se envolve em triângulos amorosos pelo frisson, por medo da intimidade verdadeira ou por sentir a necessidade de estar sempre disputando atenção, amor, com um outro.
Devemos também procurar nos colocarmos no lugar dos demais envolvidos, inclusive dos que não sabem que são parte da relação. Quanto mais soubermos a respeito deles, melhor. E isso pode até salvar a nossa vida! Há pessoas, e os noticiários estão cheios delas, que reagem de maneira violenta quando se descobrem traídas.
Entendermos as nossas motivações e procurarmos nos colocar no lugar de cada uma das outras duas vértices do triângulo, procurando ouvir o nosso coração, vai nos ajudar a decidir se vale ou não a pena continuar como está ou se o melhor é por um fim ao relacionamento. Esse percurso não é fácil e pode exigir ajuda profissional. Mas não vejo como fugir dessas reflexões, por mais difíceis que sejam.
Só não vale ficar arrastando correntes como um fantasma numa casa assombrada. Isso estressa, exaure, deprime, não traz nada de bom. E a conta chega! A Vida não deixa nada passar batido, nem as decisões tomadas nem as que adiamos, empurrando com a barriga. Aliás, por essas que adiamos, sempre pagamos muito mais caro, fisicamente, emocionalmente, espiritualmente.
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