No último dia 8, Dia Internacional da Mulher, em Ceilândia, Distrito Federal, um aluno de 17 anos, do Centro de Ensino Médio 9, “presenteou” uma professora negra com uma esponja de aço, numa atitude flagrantemente racista e misógina. Dois dias depois, em Bauru, São Paulo, três alunas de uma universidade particular publicaram um vídeo debochado perguntando como fazer pra “desmatricular” uma colega de sala que, segunda elas, deveria estar aposentada por já ter 40 anos.
É assustador! Essas notícias me fizeram sentir tristeza e pena. Tristeza por esse tipo de coisa ainda acontecer, mesmo eu tendo consciência de que já vivemos tempos muito mais difíceis. E pena das infelizes criaturas que protagonizaram esses lamentáveis eventos. Porque as mulheres que foram alvos do preconceito delas têm o respeito de todos, estão seguindo em frente no melhor estilo “Os cães ladram, mas a caravana passa” e vão superar. Mas seus ofensores levarão muito tempo para se livrar da carapuça que vestiram.
Eles são jovens, provavelmente nasceram no terceiro milênio, mas pensam e agem como se ainda estivessem na Idade das Trevas. São de uma pobreza de sentimentos assustadora. Pais, mães ou alguém que tenha tentado educá-los para serem boas pessoas devem estar morrendo de vergonha, de frustração, por eles não terem aprendido nem o básico.
Agora, se o garoto do “presente” e as garotas do “vídeo” aprenderam a ser assim em casa, tenho mais pena deles ainda. Porque, além de não terem tido a oportunidade de receber da própria família exemplos de valor, jogam fora a chance de aprender na escola o que lhes foi negado por aqueles que, acima de tudo, deveriam ter zelado por eles, mas não o fizeram, deixando-os à mercê da sua própria ignorância.
À mercê da sua própria ignorância e do tipo de gente em quem, certamente, eles se inspiram e espelham, como Thiago Schutz, um cretino que tem milhares de seguidores na internet ávidos pelos conselhos que ele dá para homens interessados em aprender a controlar as mulheres, que eles entendem que estão no mundo para servi-los e devem ser mantidas na linha. Esse está sendo processado criminalmente e publicamente detonado.
Ou como o deputado federal Nikolas Ferreira, do PL de Minas Gerais, um ser asqueroso que, de peruca loura, usou a tribuna do plenário da Câmara dos Deputados, também no Dia Internacional da Mulher, para fazer um discurso de teor transfóbico, autointitulando-se deputada Nikole. Contra esse, já existe petição para cassação, com o que eu espero que os parlamentares decentes nos brindem para que fique bem claro, a quem ainda não entendeu, que discursos de ódio não são mais admissíveis em nosso país, venham de quem vierem.
Tenho pena desses garotos e dessas aberrações, essas excrecências que tantos seguem e elegem, porque ninguém fica sem aprender – a Vida vai lhes ensinar tudo o que eles teimam em não assimilar por bem e para o bem. Que todos sejam punidos e que o rigor da lei seja o bastante para que eles entendam o que precisa ser entendido o quanto antes. Porque a Vida não alivia pra ninguém. Ela pega pesado e segue batendo cada vez mais duro até que nos transformemos em seres realmente humanos. Quem semeia vento colhe tempestade.
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