Você está vivendo ou conhece uma mulher que esteja vivendo um relacionamento amoroso que começou como um sonho, mas virou um pesadelo? Aquele tipo de relação que fazia a mulher se sentir como se tivesse tirado a sorte grande, mas que de fato tirou o brilho dos olhos dela?
Você viveu ou conhece uma mulher que tenha vivido um relacionamento desse, que não esteja mais com aquele parceiro, mas que ainda se pergunte o que pode ter dado errado com algo que começou como o mais promissor dos romances?
Quando comecei a trabalhar em consultório, percebi que a maioria dos meus pacientes era formada por mulheres infelizes com o relacionamento que estavam vivendo, ou ainda presas a uma enorme lista de indagações a respeito do que teria realmente acontecido em suas vidas amorosas.
Havia de tudo – mulheres vítimas de violência física; mulheres vítimas de violência psicológica; mulheres presas a parceiros viciados em álcool, drogas, jogo, relacionamentos extraconjugais; mulheres que precisavam sustentar a casa sozinha porque o parceiro se recusava a participar ou não se dispunha a trabalhar; mulheres abandonadas emocionalmente; mulheres abandonadas sexualmente.
Essas mulheres já haviam feito tudo para que a relação desse certo, sem sucesso. Haviam se distanciado da família e de amigos de que o parceiro não gostava; haviam parado de trabalhar, de frequentar igrejas e academias, para que ele não ficasse enciumado; haviam gasto suas economias em roupas para ela e para ele, para agradá-lo; em viagens mirabolantes, para tentar diminuir o estresse e se reaproximar dele; em cirurgias plásticas para corrigir defeitos que ele não suportava nelas; para bancar o vício dele; para pagar as despesas dele, inclusive com ex-mulheres e filhos de outros relacionamentos.
A maioria dessas mulheres, quando chegava ao consultório, estava falida sob muitos ou até todos os aspectos – fisicamente, emocionalmente, financeiramente. Já havia gasto todos ou quase todos os seus recursos materiais e imateriais, tentando mudar o parceiro e fazer a relação dar certo. E, não obstante seus incansáveis esforços, a situação só piorava.
E, se o relacionamento chegava ao fim porque o parceiro assim o decidia, elas se sentiam culpadas pelo insucesso, buscando entender o motivo para não ter conseguido ser pra ele o que ele realmente sonhava.
Foi por isso que, em 1995, eu formei o primeiro grupo de terapia só para mulheres que estavam vivendo esse tipo de situação, que recebeu o nome de GRUPO DA LUZ NO FIM DO TÚNEL, porque a maioria das pacientes vivia como num túnel completamente escuro, sem ideia de que direção tomar e ainda correndo o risco de ser atropelada por um trem a qualquer momento. Mas, depois de uma temporada fora de Brasília, eu o rebatizei com o nome PARA SOBREVIVER A UM GRANDE AMOR.
Ao longos desses anos, foram muitas mulheres, de 14 a 65 anos, muitas histórias, muito trabalho e a satisfação de ver que, as que caminharam com o grupo, refizeram a própria vida, algumas até com o mesmo parceiro.
Muitas, a partir da própria recuperação, começaram a ajudar outras mulheres, familiares e amigas que também estavam perdidas na escuridão. E outras conseguiram enxergar que, além do relacionamento amoroso, viviam outros relacionamentos em que eram vítimas de abuso, na família de origem ou no trabalho, por exemplo.
Gosto de trabalhar com grupos temáticos porque vejo o quanto é importante você estar em contato com pessoas que estão vivendo o mesmo processo, mesmo que elas estejam em situação mais grave, de mais sofrimento.
Porque, no grupo, você enxerga que não é a última mulher do universo, abandonada também por Deus; que aquela situação infeliz não acontece só com você; e que até mulheres aparentemente bem casadas com seus príncipes encantados podem viver um horror entre quatro paredes.
Porque, no grupo, você pode contar a sua história, sem medo, sem vergonha, sem o risco de ser criticada ou de receber conselhos que você até entende serem bons, mas não consegue seguir.
Cada uma tem a oportunidade de contar a sua história e ouvir a história das outras. Em geral, as mulheres se sentem à vontade para falar, mas mesmo as que têm mais dificuldade no começo e se mantêm caladas por algumas sessões se beneficiam da terapia.
E, quando eu interajo com uma, é como se estivesse interagindo com cada uma, porque a dinâmica do processo é a mesma. É como uma terapia individual assistida por uma plateia que sabe exatamente o que a paciente está vivendo e como ela se sente, porque vive e sente o mesmo.
A proposta do grupo não é promover separações. A não ser nos casos em que a mulher e seus filhos correm risco de violência ou morte, a separação não é o foco.
O trabalho é para que a mulher consiga entender o que realmente está acontecendo com ela; o que a levou a se envolver numa relação assim; o que a mantém presa; e o que ela pode fazer pra mudar o rumo da história vivida. E para que ela aprenda a se proteger, caso o relacionamento chegue ou tenha chegado ao fim, para não se envolver novamente nesse tipo de situação.
Após mais de oito anos envolvida em outros projetos, estou de volta à clínica. E novos grupos PARA SOBREVIVER A UM GRANDE AMOR estão sendo formados.
Assim, se você se identificou com alguma dessas situações e gostaria de participar, mande mensagem para (61) 99188.9002, dizendo os horários que tem disponíveis.
E se conhecer uma mulher que sabe ou suspeita que está vivendo uma situação assim, mande este post para ela, como não quer nada, para evitar constrangimentos e posturas de negação. Você pode estar salvando uma vida!
E lembre! Mulheres envolvidas em relacionamentos amorosos homossexuais também podem participar do grupo.
Beijão a todos!
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