O texto a seguir foi originalmente publicado no Blog ACONTECE, do Anselmo
https://anselmobd2021.blogspot.com/2021/09/meu-velho-par-de-tenis.html
Ele fala de um companheirismo diferente, mas importante. Lendo-o você verá que sempre podemos contar com um grande parceiro. E quer saber? Talvez ajude quem está precisando de um empurrãozinho para começar uma atividade física porque não gostaria de fazer isso sozinho.
Para reflexão!
Foi há mais de dez anos.
Estava passando férias na Bahia, quando ele chegou trazido por meu cunhado Jesuíno, que, salvo engano, o havia ganhado em um sorteio na fábrica onde trabalhava.
Como quase tudo novo é bonito, ele estava radiante e tinha as cores que mais gosto. Foi amor à primeira vista.
Aceitei o presente e trouxe-o para o Distrito Federal.
Daí em diante, passamos a conviver em perfeita harmonia. Era o meu preferido. Onde eu ia, ele ia junto.
Não demorou muito, vi que ele tinha potencial para muito mais. Então, passamos a sair entre duas e três vezes na semana para uma corrida.
Sob chuva ou sol, lá estava ele amortecendo impactos, impulsando saltos e suportando meu peso.
Nunca deixou que meus pés fossem furados por espinhos, cortados por cacos de vidros ou molhados pelas águas das chuvas. Foi um verdadeiro companheiro.
Mas, depois de mais de uma década de excelentes serviços prestados, chegou a hora do meu velho e bom amigo de longas corridas se aposentar.
Nesse período em que passamos juntos, tive namoradas, fiz faculdade, casei e fui agraciado com minhas lindas filhas, além de ter conseguido manter meus 73kg.
Vejam quanta coisa me ocorreu no tempo em que praticava com meu agora velho par de tênis Olimpykus Tube minhas corridas!
Quando constatei que deveria trocá-lo por outro calçado, deparei-me com o sentimento da saudade. Afinal, em mais de uma década aquele par de tênis foi o meu único e fiel companheiro em meus percursos.
Há laços e sentimentos os quais desenvolvemos por animais e coisas inanimadas que se sobrepõem ao que muitas vezes conseguimos estabelecer em relação a pessoas.
Não troco meu velho par de tênis, no estado em que se encontra e em que pese aposentado, por algumas pessoas que passaram na minha vida.
Nele pude sempre confiar. Quando eu mais precisava, ele sempre correspondia às minhas expectativas. Nunca me deixou na mão e, quando ele não pôde mais suportar a “caminhada”, deu-me o aviso que era hora dele parar para que eu prosseguisse.
Mais vale ter afeto pelo velho par de tênis velho do que qualquer lembrança dos falsos amigos, das ruins namoradas, dos vizinhos fofoqueiros ou dos colegas invejosos.
De tipo de gente assim, não consigo desenvolver qualquer ligação. Já, do meu par de tênis velho, sempre o guardarei na lembrança.
E você? Já teve um companheiro assim? Conte pra nós!
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