Aviso aos navegantes: Este blog recebe consultas que são respondidas aqui mesmo. Quem tiver interesse, deverá enviar mensagem por WhatsApp para (61) 99188.9002 ou para consultoriosentimentaldamaraci@gmail.com. O nome do remetente é sempre preservado. Hoje, respondo à leitora que enviou a seguinte mensagem:
“Meu casamento já não ia bem a algum tempo, mas sempre consegui ir levando, até que um dia me apaixonei por uma pessoa que trabalhou comigo, mas essa pessoa tbm era casada e fomos conversando e nos conhecemos aos poucos até que tomei a decisão de terminar com meu marido e ele disse que tbm ia terminar com a mulher dele , mas eu entrei na vida dele assim do nada ele não tinha um casamento ruim mas ele disse que se apaixona por mim tbm, só que ele dizia que ia sair de casa e não saiu pq ele tem um filho de 8 meses e eu fiquei me culpando por querer acabar com um casamento sabe, até que um dia a mulher dele me liga e me chinga toda, disse que agora eu podia ficar com ele que ela tinha mandado ele embora de casa, e eu nem respondi, ele disse que precisava de um lugar para ficar que achar uma casa do nada era difícil e ficou o dia todo sem falar comigo chegou a noite ele disse que tinha conversado com a mulher e voltaram. Fiquei com raiva, medo e triste de mais, como meu ex queria voltar comigo acabei voltando por medo de ficar só, mas só que acho que fui muito precipitada em voltar pois não consigo esquecer o que eu vivi com o outro e não consigo me relacionar com meu marido, não consigo beijar, não tem mas química, aquele desejo que já tive por ele um dia, não sei mas o que fazer.”
Você disse ter medo de ficar sozinha e frequentemente é isso o que faz alguém pular de um relacionamento para outro, ficar com quem não se quer estar e até mesmo se arriscar em uma relação abusiva e perigosa. E acontece com muita gente pensar que é melhor estar mal acompanhada a estar só. Somos cheios de medos, muitos que vêm da infância, que nos paralisavam quando éramos crianças e podem nos assombrar durante toda a vida. Mas, por que será que algumas pessoas ficam apavoradas com coisas e situações que outras tiram de letra?
Porque as pessoas são diferentes, têm maneiras diferentes de pensar e, consequentemente, de encarar a vida. Já perdi a conta das vezes em que pacientes, conhecidos e amigos me disseram que ninguém consegue controlar os próprios sentimentos, como é o caso do medo de ficar só. Mas a gente consegue sim, observando os pensamentos por trás dos sentimentos e questionando as crenças por trás dos pensamentos.
Quer um exemplo? Muitas das mulheres que se mantêm em um casamento infeliz porque cresceram ouvindo que precisariam ter um homem que dela cuidasse, nunca receberam de seus maridos nenhuma atenção especial. Elas trabalham para ajudar ou até mesmo sustentar a casa e os filhos, cuidam das tarefas domésticas e são tratadas como escravas, sem respeito, sem consideração.
Será que há algum fundamento em essa mulher continuar vivendo com esse homem, já que ele não está cumprindo o papel de protetor, conforme ela ouviu desde a infância que aconteceria? Será que ela deveria tentar outro marido, para ver se encontra alguém que cuide dela? Ou será que ela deveria questionar o que ouviu a vida toda, colocar fim a esse casamento e finalmente começar a se cuidar, a se proteger, inclusive de crenças sem sentido?
Também há mulheres que acreditam que, se perderem o homem com quem estão se relacionando, não aparecerá mais nenhum. Já ouvi isso até de uma paciente de dezesseis anos, linda, de uma família endinheirada, o tipo que costumamos dizer que tem tudo nas mãos, embora isso muitas vezes não seja verdade. Ela se submetia aos abusos do primeiro namorado porque acreditava quando ele lhe dizia que, se ele a abandonasse, ninguém mais se interessaria por ela. Dá para acreditar em algo assim?
Pois a garota acreditava e não só se sujeitava a tudo o que ele queria como fazia o possível e o impossível para agradá-lo, morrendo de medo de perdê-lo e ficar só. Foi durante a terapia que ela conseguiu entender que o que ele dizia não fazia o menor sentido, que ele lançava mão daquele mau agouro para ter controle sobre ela. Mais do que isso, ela enxergou que o mesmo acontecia com a mãe dela, que também vivia um relacionamento abusivo. E foi ela quem mostrou à mãe que ela também precisava de ajuda.
São muitas variações sobre o mesmo tema. Mas as crenças limitantes que arrastamos vida afora em geral não têm o menor fundamento, não se sustentam diante de um questionamento simples. Você que me mandou a consulta talvez acredite que viver sozinha seria insuportável, mas voltar a viver com o seu ex-marido, que você mesma disse não conseguir nem beijar, não tem sido especialmente difícil, sofrido? Além disso, já se colocou no lugar dele? Você gostaria de estar sendo usada por alguém dessa forma? Talvez você nunca tenha estado tão só.
Será que você não estaria melhor vivendo sozinha, sem enganar ninguém, aproveitando uma pausa nos relacionamentos para se conhecer, encarar suas dificuldades, observar seus pensamentos, questionar suas crenças e se transformar em alguém realmente pronta para ser feliz e fazer outra pessoa feliz? Pense nisso!
Sugiro a leitura do texto NOSSA VIDA, NOSSOS PILARES. E lhe desejo boa sorte!
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