Por um 2025 Sem Violência

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Cosette Castro

Brasília – Estamos em tempos de final do ano, de renovar a esperança em dias melhores em 2025. E de acompanhar a visível melhora na qualidade de vida da população, em especial a mais fragilizada.

No Coletivo Filhas da Mãe enfrentamos diariamente os desafios do mundo do cuidado. E estimulamos um contexto de paz e de esperança para praticar o autocuidado e o cuidado coletivo. Também oferecemos informação de qualidade e incentivamos a promoção de saúde. A nossa e a das demais gerações.

O esforço nesses cinco anos tem sido  crescente. Acolhemos quem precisa, promovemos o encontro online e presencial e estimulamos a saúde individual e coletiva.

Ao lado de nossas parceiras e parceiros divulgamos informações sobre demências,  estimulamos a pesquisa acadêmica, realizamos projetos sobre envelhecimento saudável e ativo e combatemos violências e preconceitos. Além disso, incentivamos o direito ao riso e a alegria como espaços de saúde mental.

Em termos de políticas públicas na área da saúde e do cuidado, o ano de 2024 foi exemplar. Foram aprovadas e/ou implementadas três Políticas Públicas Nacionais que dizem respeito direto a melhora da qualidade de vida da população.

Em maio a Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP) foi instituída no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Portaria GM/MS nº 3.681/ 2024.

Em junho, foi sancionada a Política Nacional de Cuidado Integral às Pessoas com  Doença de Alzheimer e outras Demências, Lei 14.878/24.

E no começo de dezembro foi aprovada a Política Nacional de Cuidados, cuja Lei 2762/24 já foi sancionada pelo Presidente Lula.

No entanto, não é possível fechar os olhos para o aumento do extremismo no país. Ao invés de agregar e ajudar a construir uma Sociedade do Cuidado para todas as idades e grupos sociais, há no Brasil grupos conservadores que apostam no medo e no caos. Promovem a dúvida e a discórdia.

Eles incitam a violência, a morte e a destruição do governo democraticamente eleito, independente das vítimas que possam provocar.

No sábado, 28, a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu um homem branco, de 30 anos, a partir de denúncias anônimas. Ele se dirigia a Brasília para cometer atentados terroristas na Capital Federal, como ocorreu em novembro deste ano.  Essa violência pode atingir direta ou indiretamente qualquer uma de nós.

Na mesma semana circulou na Internet um vídeo onde outro homem, também um jovem adulto branco, de arma em punho, convidava outros homens à violência. E dizia que estava aberta a “temporada de caça a petistas”. Ele sugere o assassinato de pessoas que fazem parte ao Partido dos Trabalhadores (PT), o partido do presidente Lula. Parece cena tirada de filme de violência de Hollywood, mas não é.

Nem ocorre por acaso. Vem circulando diariamente nas redes sociais, em especial no WhatsApp, mensagens de ódio e incitação à violência contra o governo Lula e seus apoiadores. E de boicote aos projetos e ações positivas do atual governo, onde a negativa a se vacinar  e a negação da ciência é apenas a ponta do iceberg.

O que dizer dessa violência explícita, inclusive entre pessoas que se dizem religiosas?

O Outro Lado

Por outro  lado, as políticas públicas aprovadas e os programas do governo federal falam por si, como comprovam as três políticas públicas da área da saúde citadas no começo do texto. Há um estímulo à construção da Sociedade do Cuidado, que se contrapõe a uma Sociedade da Violência e da exclusão.

Os benefícios para população se estendem a diferentes áreas, para além da saúde.

Na educação houve aumento considerável de bolsas de estudo na graduação e pós-graduação em todas as áreas do saber. Voltaram as bolsas atleta e, desde 2023, foram retomadas as verba para pesquisas sobre demências e outras doenças sem cura.

Também foi criado o Programa Pé-de-Meia para estudantes de 14 a 24 anos, de baixa renda, matriculados no ensino médio regular das redes públicas, no 1º, 2º e 3º ano, pertencentes a famílias inscritas no Programa Bolsa Família. E há incentivo aos estudantes de 3o. ano que fizerem o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Saiba mais Aqui.

O programa visa garantir a continuidade dos estudos de jovens que vivem em situação de fragilidade social e sem apoio. Além de garantir formação mínima para que possam conseguir emprego, a proposta incentiva que esses alunos tenham a possibilidade de entrar na universidade.

Na área da cultura, voltaram os editais de apoio e isso move a indústria criativa em todo o país. Também aquece e gera empregos nas salas de cinemas, teatros, festas populares de rua e casas de espetáculos que andam cheias e, algumas, com fila de espera. Sem contar aumento da oferta de espetáculos gratuitos para a população.

Na área da segurança, o Presidente Lula decretou a obrigatoriedade do uso de câmeras pelos policiais de todo país. A proposta é coibir a violência policial que cresceu desproporcionalmente em 2024, em especial em São Paulo. O uso das câmeras ajuda a promover a transparência do trabalho policial e estimular a tolerância.

Ainda assim, temos muito o que fazer para construir uma Sociedade do Cuidado que promova a paz, o fim da desigualdade social e a extinção de todos os tipos de preconceito. Apostamos na justiça, na ciência e na solidariedade da população contra o preconceito e a violência.

PS: Luciana Leite, cuidadora familiar, enviou uma playlist para nós, com canções que ecoam novos esperançares. A música é a última memoria que se perde.

Que venha 2025!

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