Cosette Castro
Brasília – Autocuidado e cuidado coletivo são lemas do Coletivo Filhas da Mãe há quatro anos. E este fim de semana não foi diferente.
Realizamos ações de cuidado coletivo, no dia 15 e de autocuidado no dia 16. Vamos começar pelo autocuidado.
Ao perguntar para a sociedade “Quem Cuida de Quem Cuida?” buscamos tirar as pessoas que cuidam familiares do anonimato e promover o envelhecimento saudável e ativo, independente da idade.
Ao mesmo tempo, desenvolvemos ações de autocuidado para acolher, ouvir e promover a saúde das mulheres, que são maioria no cuidado familiar.
No domingo, dia 16, fizemos aniversário.
Completamos 01 ano de criação do grupo CAMINHANTES no Coletivo Filhas da Mãe. Ele foi criado para estimular caminhadas dominicais em grupo entre pessoas que cuidam seus familiares, assim como amigas e vizinhas.
O grupo é aberto, gratuito e inclui diferentes gerações. Neste domingo, por exemplo, ao comemorar o aniversário de 25 anos da Floresta Nacional de Brasília percorrendo a Trilha Jatobá, reunimos pessoas de 40, 50, 60 e 70 anos. E no próximo domingo tem mais. Link para participar do grupo AQUI.
Autocuidado e Cuidado Coletivo
Na terça-feira, dia 18, realizaremos mais uma ação de autocuidado para mulheres, desta vez em parceria com o Instituto Tocar, formando uma rede de cuidado.
Trata-se da última etapa do Projeto “Conectar Mulheres” com exercícios de cuidado e autocuidado. A oficina vai acontecer no Espaço Longeviver, também parceiro do Coletivo, localizado na Quadra 601 Sul, no Edifício PREVIDÊNCIA, 2o. Andar, em Brasília. Horário: 8h30 às 11h30. Para participar, clique AQUI.
Sobre Cuidado Coletivo
Projeção no Museu Nacional da República
No sábado, dia 15 de junho, dia internacional de combate à violência contra pessoas idosas, mais uma vez realizamos projeções nos prédios públicos e muros da Capital Federal.
Trabalhamos em parceria na denúncia contra a violência. Esta é uma atividade realizada há 03 anos com o Fórum Distrital da Sociedade Civil em Defesa da Pessoa Idosa.
Vivemos em uma sociedade tão violenta que, muitas vezes, naturalizamos o que deveria nos assustar e indignar. “Colocamos a Boca no Trombone” principalmente porque a violência se perpetua, ocorrendo em todas as etapas da vida, inclusive durante o envelhecimento.
Entre as pessoas idosas há diferentes tipos de violências que ocorrem dentro da família ou nos espaços sociais. E há aquelas que são impetradas pelo Estado. É violência estrutural quando o Estado não destina recursos para leis e políticas públicas já aprovadas. Ou quando nega a existência de 32 milhões de pessoas 60+, como se vivessemos em um país eternamente jovem.
Há outras formas de violência. Algumas são fáceis de notar, como a violência física. Mas nem sempre a violência psicológica é percebida, a não ser quando ocorre publicamente, como humilhação, insultos, zombaria, deboche, sustos e ameaças.
Outra forma de violência é a moral, que inclui calúnia, difamação ou injúria que podem destruir a reputação de uma pessoa, principalmente em tempos de fake news. Como vem ocorrendo nas redes sociais com Maria da Penha, vítima da violência de gênero que cedeu seu nome à maior lei em defesa das mulheres no Brasil.
Há ainda a violência patrimonial, que inclui a assinatura de documentos sem explicar o que é, a realização de empréstimos em nome da pessoa idosa, mudança no testamento ou a venda de bens sem autorização. E a
violência sexual que atinge mulheres idosas impetrada, na maior parte dos casos, por filhos e netos e que vem aumentando anualmente.
Junto com o preconceito por idade, essas violências minam a autoestima e o bem-estar da pessoa idosa, podendo desencadear doenças físicas e também psíquicas, como ansiedade, depressão e outros transtornos. Para entender mais, acesse AQUI.
Falar sobre essas violências no nível individual e no coletivo é o primeiro passo para romper com os ciclos de violência.