Café com Chorinho, Cuidado e Afeto

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Brasília – Você já assistiu o documentário “Como Viver Até os 100: o Segredo das Zonas Azuis, disponível na Netflix?

O Setembro Roxo, mês mundial de conscientização sobre Alzheimer e outras demências, é um bom momento para assistir desfrutando as experiências vividas.

A série de quatro capítulos na primeira temporada se baseia no best-seller do estadunidense Dan Buettner. Esportista, ele cruzou o mundo em bicicleta e tem vivido uma vida de aventuras e descobertas, inclusive sobre envelhecer.

Buettner nos mostra a experiência de comunidades longevas e saudáveis em diferentes lugares do planeta.

No documentário se multiplicam experiências de contato com a natureza, alimentação saudável, grupos de apoio, grupos familiares, grupos de amigos,  prática regular de exercícios, etc.

A série tenta desvendar os segredos de uma vida longa e saudável. E apresenta já, no primeiro capítulo, a palavra japonesa Ykigai.

Ykigai é um termo que significa sentido, propósito. Razão de viver. De levantar todos os dias.

Nós, do Coletivo Filhas da Mãe, começamos o grupo há  três anos pensando em Quem Cuida de Quem Cuida. E focamos nossas atividades no cuidado e  no autocuidado. Como um mantra.

Praticamos Ykigai todos os dias. Individualmente e no Coletivo.

No grupo estimulamos uma rede de apoio a pessoas que, da noite para o dia, precisaram cuidar de um ou mais familiares com demência. E, em meio à dor, incentivamos a brincadeira, o encontro. E o direito ao riso.

Pessoas de todo o país chegam ao grupo com medo. Com poucas informações sobre o que são as demências, seus diferentes tipos e características. Chegam inseguras em relação a como lidar no dia a dia com o familiar doente. E, principalmente, chegam inseguras sobre o seu próprio futuro.

A demência é o nome genérico para doenças neurodegenerativas, cujo quadro é progressivo. Não há cura, mas é possível oferer qualidade de vida aos entes queridos, mesmo quando  perdem um dom precioso: a própria identidade.  É possível também incentivar a qualidade de vida de quem cuida.

No Setembro Roxo escolhemos começar  as atividades neste domingo, dia 03,  com uma programação que inclui música,  natureza, lanche compartilhado. E acolhimento.

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Como defende a médica paliativista Ana Cláudia Arantes, o cuidado não diz respeito apenas à questão econômica, apesar de ser importante. Cuidado diz respeito à afeto, à presença, a estar junto. Tanto no nível familiar como no coletivo.

Como me afeto com a situação do outro? Seja uma pessoa enferma ou uma cuidadora?

Na programação do Setembro Roxo levamos em consideração as necessidades do momento presente (informações sobre cuidado individual e coletivo). E também pensamos o futuro.

Seguimos estimulando o autocuidado entre as  pessoas que cuidam seus familiares. No domingo, dia 03, nosso grupo de caminhada semanal  estará no Parque Olhos D’Água. Só que mais cedo,  a partir das 8h.

E seguimos incentivando a ciência.

Ana Castro está em São Paulo participando dos debates sobre o Relatório Nacional sobre Demências que deve ser apresentado publicamente em setembro. Durante o mês teremos convidadas especiais para falar sobre demências, sobre cuidado e sobre espaço urbano.

Tecendo Redes

Para que isso ocorra é preciso trabalhar em rede, tecendo redes. Rede de acolhimento. Rede de laços externa. Com parceiros de diferentes áreas, multiplicando informações, projetos e afetos. Este é o caso dos parceiros deste domingo: Caminhantes do Cerrado e Coletivo Café com Chorinho.
Juntos somos (muito) mais fortes.

Serviço:
Abertura do Setembro Roxo
Quando: domingo, 03/09
Onde: Parque Olhos D’Água, Quadra 413 Norte

Atividades

8h – Caminhada no Parque
10h  às 12h – Piquenique com Música

Esperamos vocês!

Cosette Castro

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