Ana Castro & Cosette Castro
Brasília – Na terça-feira, 11 de abril, é o dia mundial de conscientização sobre o Parkinson. A exemplo do Alzheimer, o tipo mais frequente de demência, é uma enfermidade ainda pouco conhecida pela população.
Atualmente, a Doença de Parkinson ( DP) é a segunda doença neurodegenerativa com maior incidência no mundo, logo atrás do Alzheimer. Ele ocorre em geral entre pessoas com 65 anos ou mais.
É uma doença com tratamento, mas ainda sem cura. É crônica e progressiva, atinge o sistema nervoso central e compromete os movimentos. Em alguns casos, em etapas mais avançadas, pode evoluir para demência.
Uma das causas da doença é a diminuição intensa da produção de dopamina. É uma substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas.
Esse neurotransmissor ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática. Isto faz com que não seja necessário pensar em cada movimento que nossos músculos realizam.
Na falta da dopamina, particularmente numa pequena região encefálica chamada substância negra, o controle motor deixa de funcionar.
Os sintomas iniciais costumam ser notados pelas pessoas mais próximas. Entre eles está a lentificação dos movimentos e os tremores nas extremidades das mãos.
Também aparecem a rigidez entre as articulações do punho, cotovelo, ombro, coxa e tornozelo. Os tremores de repouso nos membros superiores, que predominam em um lado do corpo quando comparado com o outro, e o desedesequilíbrio.
Os sintomas acima são os chamados “sintomas motores” da doença. Podem ocorrer ainda “sintomas não-motores”, entre eles a diminuição do olfato, alterações intestinais e do sono.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), estima-se que 3% da população mundial com mais de 65 anos conviverá com doenças relacionadas ao Parkinson nos próximos anos.
Descoberta por James Parkinson em 1817 a DA foi chamada inicialmente de paralisia agitante. Mas 50 anos após a morte do médico inglês a enfermidade recebeu o nome de Parkinson.
No século XXI a tulipa tornou-se o símbolo mundial da doença. Em 2005 o floricultor holandês J.W.S Van der Wereld, portador de Parkinson, desenvolveu uma variedade especial de tulipa vermelha. Ele deu o nome a essa tulipa de James Parkinson em homenagem às contribuições do médico.
Preconceito
Viviane Cardoso da Silva, 48 anos, parkinsoniana, é representante do grupo Vibrar com Parkinson no Distrito Federal. Na semana passada, ela participou da Roda de Conversa on line do Coletivo Filhas da Mãe, e comentou sobre o preconceito existente.
Segundo Viviane, falta de conhecimento sobre as características do Parkinson. Algo que também ocorre com o Alzheimer.
A criadora do grupo Vibrar com Parkinson, Daniele Lanzer, 47 anos, que convive com a doença desde os 36 anos, por exemplo, sofreu preconceito em público. A cientista aposentada foi chamada atenção por estar em uma fila preferencial.
Precisamos urgente de campanhas públicas com informações sobre as diferentes enfermidades neurodegenerativas.
Lidar com a doença e com as perdas cognitivas é um desafio diário. Lidar com o preconceito por falta de conhecimento é um desafio ainda maior.
PS: Atraves do grupo Vibrar com Parkinson homenageamos a todos grupos da sociedade civil que apoiam às pessoas enfermas e contribuem para divulgar o Parkinson no Brasil. Entre eles o grupo Viver Ativo, coordenado pelo parceiro Victor Jimenez.
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