Ana Castro & Cosette Castro
Brasília – Pelo segundo ano consecutivo, o Coletivo Filhas da Mãe participa da campanha internacional de conscientização sobre a violência contra a pessoa idosa. Além de campanha nas redes sociais digitais durante o mês Junho Violeta, também fizemos projeções em prédios públicos.
Em 2021, realizamos projeções em prédios do governo federal. Mais exatamente na Esplanada dos Ministérios: ao lado do Teatro Nacional, na Biblioteca Nacional, no Museu da República e no Congresso Nacional. A ideia é chamar atenção sobre a necessidade de criar e implementar políticas públicas em defesa das pessoas com 60 anos ou mais.
Em 2022, ampliamos o projeto que é realizado em parceria com Fórum Distrital em Defesa da Pessoa Idosa/ DF. As projeções aconteceram ao anoitecer dos dias 14 e 15 de junho.
Foto 1 – Palácio do Buriti
No dia 14, terça-feira, as projeções foram realizadas no Palácio do Buriti e na Assembleia Legislativa do Distrito Federal .
Foto 2 – Assembleia Legislativa/DF
Na quarta-feira, 15, dia internacional de conscientização sobre a violência contra a pessoa idosa, as projeções ocorreram mais uma vez na Esplanada dos Ministérios. (ao lado do Teatro Nacional, no Museu Nacional e no Congresso Nacional).
Foto 3 – Museu Nacional
A campanha internacional foi criada pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa em 2006 e reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2011. Durante o Junho Violeta, são divulgados dados sobre as violências cometidas no país, assim como os tipos de violências existentes.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 15,7% da população idosa sofre algum tipo de violência (física, psicológica, sexual, patrimonial/financeira, além de abandono e negligência). Ou seja, 1 em cada 6 pessoas com 60 anos ou mais sofre violência em todo mundo e denuncia os maus tratos.
Esse número tende a ser bem maior, já que existe subnotificação dos casos. A maior parte das vítimas não chega a denunciar porque depende dos familiares ou cuidadores, porque é privada do acesso a telefone ou ainda porque não tem acesso ou não sabe utilizar internet para realizar denúncia eletrônica.
Foto 4 – Congresso Nacional
No Brasil, um país com 37 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, de acordo com o IBGE, a situação não é diferente.
Durante a pandemia houve aumento da violência contra as pessoas idosas e segundo dados do Disque 100, a violência é cometida por homens, filhos e netos. Apesar das campanhas públicas, a violência segue aumentando no país, inclusive no Distrito Federal. (Veja aqui). Para acompanhar o Mapa da Violência Contra a Pessoa Idosa do DF, clique aqui.
O Mapa da Violência contra a Pessoa Idosa realizado pelo Ministério Público do DF e Territórios revelou que em 2021 foram abertos 156 processos por crimes previstos no Estatuto do Idoso, contra 68, em 2020, um aumento de 129%.
O crime mais recorrente dentre os previstos no Estatuto, é colocar em perigo a integridade física ou a saúde do idoso, privando-o de cuidados ou por exposição a condições degradantes.