Ana Castro & Cosette Castro
Brasília – Começamos a semana com entusiasmo, apesar dos problemas que o país enfrenta em todos os setores. Principalmente depois de assistirmos o documentário “Saúde Tem Cura”, dirigido pelo cineasta Silvio Tendler, sobre o Sistema Único de Saúde (SUS).
Se você ainda não assistiu, vale a pena dedicar um pouco mais de 1h30, para ver o filme, feito em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (CEBES). O documentário é gratuito assim como o SUS, o maior sistema gratuito de saúde do mundo.
Apesar de algumas pessoas reclamarem do SUS, já pensou como era o Brasil antes do Sistema Único de Saúde? Ou como seria se não existisse hoje?
Ele é o único sistema de saúde no mundo que atende 170 milhões de pessoas sem cobrar nada. Além disso, está presente em mais de 5 mil municípios com atendimento básico e também complexo, com urgências e emergências. Tem produção de vacinas e medicamentos. Realiza pesquisas, atua em hospitais universitários, faz vigilância sanitária e epidemiológica, entre outras ações.
Faz tudo isso, apesar do sucateamento e corte de verbas que vem sofrendo. E ainda atuou bravamente durante a pandemia por Covid-19. Se não fosse o SUS, o número de mortos seria muito maior que os quase 700 mil (segundo dados oficiais)
Voltando ao filme (link disponível aqui), também é possível assistir depoimentos de médicos e pesquisadores conhecidos nacionalmente, entre eles Drauzio Varella, Paulo Niemayer (Diretor do Instituto Estadual do Cérebro do Rio de Janeiro) e Margareth Dalcolmo (Fiocruz), umas das mais importantes pesquisadoras do país.
Mais do que informações técnicas sobre o SUS ou mesmo sobre a respeitável carreira do diretor Silvio Tendler, trazemos hoje o depoimento de Ana Castro, jornalista aposentada, com ampla experiência em vídeos, audiovisual e saúde pública.
ANA CASTRO – “Ainda estou impactada pelo documentário “Saúde tem Cura”, que assisti semana passada. Todo cidadão precisa ver. Amei o depoimento final do diretor, Silvio Tendler.
Lembrei da minha avó, também médica ” de pobres ” em Santo Amaro da Purificação, das minhas reuniões clandestinas nos grupos de Saúde Comunitária na UnB e pelo Brasil.
Recordei como o Hospital Universitário de Brasília (HUB) salvou meu filho bebê com pneumonia dupla. Ele e o gêmeo paridos no hospital da L2 sul em parto de risco, de emergência.
Também lembro do tratamento de câncer no AC Camargo (São Paulo) que meu filho fez, aos 23 anos, pelo plano de saúde, mas igual ao dos clientes do SUS e dos pacientes ricos. Tão bem sucedido que evitou várias consequências e possibilitou uma vida plena.
E agora somos, Ruth Scaff , Cosette Castro e eu, usuárias e defensoras do Sistema Único de Saúde. O SUS é um benefício para todas brasileiras e brasileiros, mesmo que tenha gente que só valorize os planos de saúde privados, impossíveis de pagar para a maioria das pessoas que chega aos 60 anos ou mais. Como eu, aos 66 anos.
Já vínhamos divulgando as várias atividades do SUS em nossas redes e grupos (inclusive no Blog da última sexta-feira, que trata de autocuidado). Todas atividades gratuitas, disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) mais perto da sua casa.
Divulgamos em todos os espaços possíveis. Da Mídia Ninja ao SESC, entre os grupos que participam da campanha Velhices Cidadã ou nas Redes Sociais Locais, projeto que já existe há 16 anos nas regiões administrativas do Distrito Federal. Na Liga de Geriatria e Gerontologia da UnB e outros.
E, sim, em todas redes sociais digitais do Coletivo Filhas da Mãe, grupo que ajudei a criar no final de 2019 para dar apoio a pessoas que cuidam de familiares com demência. Basta acompanhar nosso Instagram, Facebook, Twitter, Canal do You Tube e este Blog semanalmente”.
Aproveitamos o entusiasmo e enviamos convite para realizar uma live especial com o diretor Silvio Tendler, com a produtora Caliban e parceiros convidados. A proposta é conversar sobre o documentário, sobre o SUS e sobre a experiência das cuidadoras no sistema público de saúde.
Em tempo: Neste fim de semana lançamos nas redes sociais digitais a campanha 2022 de conscientização sobre a violência contra a pessoa idosa. Nos dias 14 e 15 de junho, em parceria com o Fórum Distrital em Defesa da Pessoa Idosa, teremos mais atividades no Distrito Federal. Aguardem!