Ana Castro & Cosette Castro
Brasília – Esta semana, enquanto organizamos vaquinha virtual para formalizar o Coletivo Filhas da Mãe, tivemos uma boa notícia.
Começou a chamada pública para a contratação de pesquisadoras e pesquisadores do estudo que propusemos e ajudamos a formular em 2021.
A pesquisa vai traçar, pela primeira vez, o perfil da pessoa idosa com demência e de pessoas em processo de diagnóstico no Distrito Federal.
Vai traçar ainda o perfil de cuidadoras familiares e cuidadoras profissionais no DF, conhecendo as demandas de todos os grupos. Além disso, vai realizar levantamento dos serviços públicos disponíveis.
Não é por acaso que usamos a palavra cuidadoras no feminino. As mulheres representam 96% da atividade de cuidado no Brasil.
O estudo é resultado da Emenda Parlamentar que conseguimos em 2021 com o apoio do gabinete da Deputada Distrital Arlete Sampaio. Ela é Presidenta da Comissão de Cultura, Educação e Saúde da Assembleia Legislativa do Distrito Federal.
Há quase 1 ano o Coletivo Filhas da Mãe, em parceria com o Fórum Distrital em Defesa da Pessoa Idosa, vem se reunindo com o gabinete da Deputada e com a Codeplan, a Companhia de Planejamento do DF. A pesquisa foi sendo desenhada e saindo do papel.
A primeira etapa, voltada para os públicos alvo, começou nos primeiros meses de 2022. Nesse momento iniciou o cadastramento das cuidadoras familiares e seus parentes enfermos e das cuidadoras profissionais.
Ao se cadastrarem, as pessoas escolhem como desejam ser entrevistadas (on line, presencial ou pelo telefone). E informam os melhores dias e horários de participação. (Link para cadastramento )
Sob a coordenação da Codeplan, constituímos um Comitê Científico Internacional que vai se reunir pela 1a vez na primeira semana de maio. Esse Comitê fará o acompanhamento da pesquisa, ofertando sugestões no decorrer das atividades, caso necessário.
Agora é o momento de seleção e contratação.
Em tempos de ataque sistemático à ciência e à pesquisa no Brasil, é um momento de comemoração e novas vagas. ( link pra inscrição )
É também um momento de esperança.
Esperamos que os resultados possam contribuir para elaboração de políticas públicas. E que melhorem a qualidade de vida de pacientes, familiares e profissionais do cuidado.
Há dois dias da comemoração do dia do trabalho, consideramos um bom momento para lembrar a invisibilidade das cuidadoras familiares.
Elas trabalham gratuitamente dia após dia, ano após ano com sobrecarga física e mental. E a maioria sofre as consequências dessa sobrecarga.
Está mais do que na hora do Estado criar uma lei que proteja as cuidadoras familiares de todo país, como ocorreu em 2021 na Argentina. (mais informações em https:///coletivo-filhas-da-mae/2021/07/26/a-inspiracao-argentina/).
É preciso reconhecer também a profissão de cuidadora profissional. Um direito perversamente negado pelo atual governo. Esta é uma das profissões que mais cresce no mundo.
Todas elas merecem!
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